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Viagem pelo Natal 2013 desvenda tradições
Urbi · quarta, 1 de janeiro de 2014 · Apesar do que distingue as várias regiões, o Natal é sempre a festa da família, com gastronomia e rituais típicos. Fomos conhecer as práticas de várias zonas do país e demos um salto ao norte da Alemanha e à Roménia |
21989 visitas O Urbi@Orbi faz nesta edição de Natal uma viagem pelos sabores e costumes que reflectem as diferentes formas de comemorar a quadra festiva. Gastronomia típica, os presentes e as reuniões familiares são comuns em Portugal, mas há sempre locais onde se encontram particularidades. Em Bragança, por exemplo, regressam os emigrantes para o convívio da família, mas assinala-se também o momento de passagem dos jovens para a vida adulta, numa mistura do sagrado com o profano. No mesmo distrito, mas em Macedo de Cavaleiros, a decoração da localidade esteve a cargo da população. A autarquia desafiou os habitantes a contribuírem com elementos alusivos ao Natal e o resultado é uma luminosidade que não deixa ninguém indiferente. Se as prendas são um aspecto incontornável, a organização de feiras ajuda a encontrar aquele presente original ou de última hora. Lamego promoveu uma feira de artesanato onde não faltaram vários tipos de peças e doces. Já Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, tem um atractivo internacional. Trazidos para a vila por emigrantes, estão expostos presépios de locais tão díspares como a Guiné, México, Israel e Equador. Para ver na Biblioteca local até 6 de Janeiro. Bem próximo, na aldeia de Passô, no concelho de Moimenta da Beira, os emigrantes também cumprem um papel importante. Neste caso, em dar um outro colorido à freguesia, por regressarem à terra de origem para o convívio natalício. Em Pardilhó (Aveiro) o Natal é igual a tantos outros, mas não perde o sentido da quadra que motiva as famílias. Mais a sul, na Beira Interior, os jovens são um elemento importante. Mas pela ausência. Sarnadas de Ródão, concelho de Castelo Branco, vê no Natal uma oportunidade de aumentar o número de pessoas na aldeia. Mesmo que seja uma passagem fugaz, dá aos idosos algumas horas de animação. A vila de Caria, concelho de Belmonte, ainda não perdeu o hábito do madeiro. Dias antes, os jovens juntam a lenha no largo da Igreja para que na Noite da Consoada as pessoas se reunam em confraternização. É como transformar toda a localidade numa grande família. E no Algarve, mais especificamente em Olhão, a tradição do bacalhau, que impera em praticamente todo o país, é substituído. Mas por outro peixe. Na mesa dos algarvios, o litão é uma das principais iguarias. Noutras paragens encontramos pontos comuns. No norte da Alemanha fazem-se doces típicos deste período, visita-se a família e entoam-se canções, sem esquecer ornamentos como o pinheiro de Natal. Realidades que bem conhecemos, apesar da distância geográfica e das diferenças culturais. Na Roménia, as mesas também se enchem no Natal, mas com a particularidade de, desde meados de novembro, os romenos empreenderem uma espécie de jejum, que culmina mais tarde com a festa natalícia onde são degustados os melhores pratos. Mas há sempre quem tenha de trabalhar ou ficar afastado de casa, por motivos de saúde, uma realidade bem presente nas unidades hospitalares. No Hospital Padre Américo, em Penafiel, os profissionais adaptam-se para festejar a quadra e lembrar a todos que é Natal. |
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