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PARDILHÓ: Um Natal igual ... mas tão diferente
Catarina Balça · quarta, 25 de dezembro de 2013 · Continuado Nesta época tão especial, encontram-se as diferenças onde tudo é igual. O Natal e as suas tradições à beira ria. |
árvore de natal |
21983 visitas Sim, o Natal em Pardilhó não tem mesmo nada de especial. Há bacalhau demolhado pronto para a Consoada, as couves estão prontas para entrar na panela, e os doces são preparados para nos fazerem entrar pelo mundo das tentações. Não, não há tradições muito próprias desta terra, nem tão pouco desta região. Não há madeiros a arder, não há cânticos nas ruas. Apenas se sente o cheiro a fumo das lareiras acesas que tornam as casas mais quentes e por isso ainda mais apetecíveis. E música só mesmo a que se entoa entre paredes. Mas por artes mágicas – será a magia de Natal de que tanto se fala nas histórias que se contam? – este Natal é diferente de todos os outros. Porque há o bater da massa tenra na pedra fria da banca de cozinha, há o cheiro a fritos que neste dia até nem incomoda, e há qualquer coisa no ar que aquece o coração de todos e cada um. E há também a escuridão: por causa do temporal que assola o país, o fornecimento de eletricidade esteve interrompido durante largas horas, o que esteve prestes a transformar este Natal em algo completamente diferente do habitual. À noite estará a mesa posta. E não vão faltar os sonhos, os velhoses, o bolo-rei, as azevias, as rabanadas ou seja tudo o que muito caloricamente marca a época mas também não faltam os doces típicos da região, os ovos moles de Aveiro e o Pão de Ló de Ovar. Será esta aliás a principal marca de diferença do Natal à beira ria. Igual a tantos outros é, no entanto, um Natal diferente de todos. Porque não há outro período do ano em que se assinale com mais intensidade a marca de cada família, a sua forma muito peculiar de viver a tradição. |
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