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O futuro da Universidade - algumas reflexões
por Manuel dos Santos Silva

O ensino universitário deve ser encarado como estrutura de criação de novos conhecimentos que ultrapassem os limites do saber em todas as áreas, e cada indivíduo deve ser preparado ao mais alto nível, quer para poder intervir no sistema económico global, quer para poder adaptar-se às constantes transformações que o mundo moderno impõe. Para isso, por um lado, há que ultrapassar as fronteiras do sistema educativo de cada país e facilitar a mobilidade ao nível internacional; por outro, é preciso apostar cada vez mais na pós-graduação e na formação profissional ao longo da vida.


O estranho mundo dos media
por João Correia

A questão põe-se nestes termos: será que se justifica a existência de um serviço público de televisão numa altura em que tudo parece mudar no panorama dos media, verificando-se que a RTP se revela incapaz de ganhar eficácia egarantir padrões mínimos de qualidade, para além daqueles que resultam de uma RTP2 imoderadamente elitista ?


Dizer e fazer a cidade
por Domingos Martins Vaz

Tenho mantido uma preocupação pela requalificação das cidades do Interior por forma a que se concilie crescimento com qualificação, evitando-se, assim, os exemplos descaracterizadores que abundam pela faixa litoral, num modelo que ainda não é urbano mas também já não é rural. Tal a atípica urbanização atingida e que mais se enquadra no surto imparável de suburbania que alastrando em mancha de óleo, está já a ameaçar os territórios e as cidades médias ou pequenas da nossa Beira.


Mais estudantes,
menos cliente$
por Vasco Cardoso

O que mais assusta é que há já algum tempo que todos estes milhões surgem como algo demasiado apetecível para estar na sua totalidade, sobretudo a parte mais lucrativa, sob a alçada do Estado. A privatização do ensino, sendo já uma realidade em alguns dos graus, de forma mais expressiva no pré-escolar e em muitos dos países ditos "desenvolvidos", é uma ameaça que pende sobre nós. Quem melhor que os estudantes e suas famílias para serem os cliente$ do sistema?


A Grande Concentração
por Catarina Moura

O ciberespaço convida-nos a esquecer uma vidinha medíocre e rotineira, dando-nos a hipótese de sermos quem desejarmos, de irmos onde quisermos, de estarmos com milhões de pessoas de todos os cantos do mundo, expurgando assim, numa vida virtual, mil e uma frustrações reais. Mas é preciso pensar se vale mesmo a pena assumirmos essa identidade e corpo virtuais, que nos transforma em meras fantasias, se vale mesmo a pena deixar de tocar, de olhar, de viver, para apenas existir no imaginário de alguém. A reflexão é vossa.


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