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“Pela arte e pela terra”
A tarde do passado domingo marcou o culminar das celebrações do 80º aniversário do Orfeão da Covilhã. Música e homenagens pontuaram a tarde de 19 de Novembro, na sede da instituição covilhanense.
> Igor CostaO programa geral foi vasto e estendeu-se ao longo de todo este ano. A Sessão Solene de domingo homenageou personalidades que, ao longo dos tempos, colaboraram com a instituição. Orfeonistas, funcionários, professores, sócios mais antigos, e maestros e directores afastados assistiram às comemorações. As formalidades decorreram no nº 44 da Rua Nuno Álvares Pereira. São 80 anos de Orfeão e 45 de Conservatório.
Depois da música, com a prata da casa, a tarde seguiu com homenagens e discursos, com os orfeonistas mais pequenos a chamar os mestres da instituição. De entre os mais marcantes, o agradecimento a Luísa Vitória Fiadeiro, educadora na instituição durante 30 anos. Uma vida de dedicação “pouco profissional”, segundo a própria, por ter sido “uma educadora na verdadeira acepção da palavra, como mãe, como avó, deixando de lado as formalidades.” Vítor Rebordão, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, apresentou o seu “agradecimento a quem tanto tem educado ao longo dos anos.”
Barata Gomes, presidente da Comissão Executiva do Orfeão da Covilhã, relembrou o vasto património construído pela entidade. O responsável manifestou também o seu desapontamento pelo abandono da ideia de criar uma Escola Superior de Música na UBI. A ideia a que, no final dos anos 90, se sobrepôs a Faculdade de Medicina “proporcionaria uma dinâmica impar no panorama musical da Covilhã.” Quanto ao futuro, diz que “as coisas não estão fáceis, há alguns receios.” O maior medo prende-se com a demografia, por haver cada vez menos crianças e cada vez mais instituições com o mesmo “produto”.
Carlos Pinto congratulou-se no final com a resistência da instituição ao longo de tantos anos e adversidades. O autarca foi escolhido para presidente da Comissão de Honra das comemorações dos 80 anos do Orfeão da Covilhã. Aos presentes deixou uma prenda, em jeito de promessa e desejo: a parceria entre câmara e Orfeão “é para durar”. “Os êxitos desta casa são também o progresso da Covilhã”, vincou.
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