80 anos na Covilhã

O programa prevê 13 concertos até ao final do ano que corre. Por diversas circunstâncias Orfeão e Conservatório fazem-se representar com o que de melhor se faz. No passado domingo coube ao Presidente da Comissão Executiva do Orfeão da Covilhã, Barata Gomes, vincar a antiguidade da instituição. São 80 anos de Orfeão, 45 de Conservatório e 37 da única Escola de 1º Ciclo do Concelho da Covilhã, fora do ensino público.
O Conservatório conta com um curso que, na sua totalidade, tem doze anos. Seis de o Básico de instrumento, quatro de Supletivo Básico e dois dos Complementares. Desde os três anos, as crianças integram a pré-primária, onde encontram o pequeno coro infantil e iniciação musical. No ensino primário as crianças podem já ter formação num instrumento. Para além do ensino tradicional a instituição proporciona também ballet, dança criativa e a formação instrumental clássica. Neste momento são leccionados piano, viola clássica, viola dedilhada, viola eléctrica, violino, violoncelo e saxofone.
Ao Urbi, o responsável falou de um “sentimento de dever cumprido, numa responsabilidade para os outros.” Lembrando altos e baixos ao longo da história do Orfeão, reforçou a importância da instituição na Covilhã: “somos uma escola integrada, polivalente.”
Luísa Vitória Fiadeiro foi alvo de uma das homenagens mais sentidas da tarde de domingo. A “Tóia”, como é conhecida na instituição, falou ao Urbi dos 30 anos de serviço. Desde 1974 que mostrou aos mais novos algumas das tradições da região. “Tinha uma carrinha Peugeot 205 e levava-os ver a tosquia, a apanha da azeitona, o fabrico do papel na Universidade”, recorda. “Tive a sorte de trabalhar num sítio onde estava em casa”, educando várias gerações. Luísa Fiadeiro não imagina a Covilhã sem o Conservatório: “é uma cidade muito mais bonita, mais alegre.”