Joana Santos, uma das poucas mulheres
em Portugal que não tem medo de saltar de um avião
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Dia Internacional
da Mulher
Lutar ou não lutar
Ser mulher implica uma luta constante pelos direitos ou
este tema já está ultrapassado? O Dia Internacional
da Mulher comemorou-se a 8 de Março e, na opinião
de algumas mulheres é uma oportunidade para lutar
ainda mais pelos direitos que não têm. Para
outras representa apenas um dia em que se divertem.
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Por Laura Sequeira
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Ser pára-quedista
tem sido uma profissão só para os homens,
mas deixou de o ser. Joana Santos, aluna da UBI, é
a prova de que as mulheres também saltam de aviões.
"No meio de tantos homens, acho que também já
fui promovida a homem", comenta Joana, quando fala
do desporto que pratica. Se alguns dizem que o pára-quedismo
é um desporto de homens , esquecem-se que Joana Santos
faz parte do lote, ainda que reduzido, de mulheres que aderiram
a esta actividade.
Para acabar com os "territórios exclusivos dos
homens", no dia 8 de Março as mulheres saem
à rua e comemoram o Dia Internacional da Mulher.
Mas se algumas dizem que é o dia em que se deve evidenciar
a luta pelos direitos da mulher, outras acham que não
passa de mais um dia. Umas aproveitam este dia para tornarem
públicas as suas formas de luta, outras querem apenas
sair de casa e gozar a oportunidade para se divertirem sem
a presença dos homens.
Desde cedo que as mulheres lutam pelos seus direitos. Se
no início do século lutavam pelo direito ao
voto e pela redução do horário de trabalho,
hoje lutam pela igualdade de oportunidades nos empregos,
igualdade de salários e o fim da violência
doméstica. Estes são alguns dos objectivos
do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).
Mariana Morais, membro do MDM, considera que ainda há
muito trabalho a fazer no que diz respeito aos direitos
femininos. Para Mariana, este dia não é apenas
mais um dia, porque as mulheres "têm de ver o
que já conseguiram e o que ainda falta para serem
cidadãs de pleno direito".
Ser a favor da luta das mulheres não é ser
contra os homens. Mariana Morais explica que "não
faz sentido que uma parte da população subjugue
outra. Deve haver uma parceria, uma igualdade".
Lídia Carrola, estudante, defende que "o dia
da mulher é todos os dias". Na sua opinião
esta comemoração não tem razão
de ser.
E os homens? Qual é a sua posição no
meio de tudo isto? Filipe Ramos, comerciante, critica a
existência deste dia e defende que "cada mulher
deve sê-lo 365 dias por ano". Filipe Ramos vai
ainda mais longe e acusa as mulheres de serem "culpadas
por se sentirem inferiores". Este comerciante admite
que pensaria duas vezes se tivesse de contratar mulheres.
A licença de maternidade de quatro meses pode ser
a razão pela qual as mulheres têm dificuldade,
até porque "hoje pensa-se muito em termos de
produtividade", explica o comerciante.
Independentemente da opinião de homens e mulheres,
o dia 8 de Março está, definitivamente, conquistado
pelo sexo feminino. Nessa noite as mulheres saíram
à rua, invadindo restaurantes e bares.
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