O projecto original da Torre de Santo António recebeu licença de construção, por parte da Câmara Municipal da Covilhã, então liderada por Augusto Lopes Teixeira, a 27 de Maio de 1975. Previa a construção de um prédio com 18 pisos (designado como Torre A), sendo 16 destinados a apartamentos, estando também prevista a instalação de um restaurante panorâmico no último piso, de onde se diz avistarem-se as Torres da Serra da Estrela. Esta torre era parte de um projecto de habitação da responsabilidade do arquitecto Fernando Pinto de Sousa, pai do actual Primeiro-ministro José Sócrates, que previa ainda a construção de mais dois edifícios de sete andares (designados como Blocos B e C), a ladear o edifício principal, formando um T invertido.
A construção era baseada em financiamentos bancários, e arrancou em finais da década de 1970, tendo sido apenas iniciada a construção da torre principal. Mas as obras acabaram por parar devido à falência do construtor, provavelmente originada pela má gestão de recursos, na década de 1980. Na altura, o edifício principal estava já em fase de acabamentos, sendo que as habitações do sétimo ao décimo segundo andar estavam já concluídas e prontas a habitar.
Depois disto, a história do edifício é difusa, apenas se sabendo que permaneceu semi-acabado e votado ao abandono nos anos seguintes. Mesmo a informação constante nos documentos oficiais começa apenas no ano de 2006, quando o prédio passou para as mãos de um dos maiores credores, o banco Montepio Geral.

Santo António vira Santa Engrácia

Entrevista a António Gomes