Empréstimos e plano pormenor em discussão

As contas de 2007 foram o principal assunto da assembleia municipal. Mas os membros das diversas forças partidárias, reunidos no passado dia 5, falaram também de empréstimos do município e do novo plano de pormenor das Penhas.

A sessão contou ainda com a aprovação de um empréstimo para o financiamento da aquisição de 148 fogos de habitação a custos controlados no Tortosendo. Este ponto, que o presidente da câmara diz agora “estar mesmo encerrado” pretendeu formalizar uma situação que se arrasta há já vários anos. Pinto recordou mesmo “a tinta que correu nos jornais, os casos que foram abertos em tribunal e os atrasos de todo o processo”. Ao que parece, a autarquia da Covilhã vai agora pagar à Somague as 148 habitações construídas no Bairro do Cabeço. A compra, inicialmente, era de apenas 70 habitações, “mas devido a necessidades do município e a contrapartidas da empresa construtora” foram também adquiridas as restantes 78. A construção do infantário do Tortosendo e da sede dos Leões da Floresta são as compensações dadas pela Somague.
Reis Silva, deputado eleito pelo PCP criticou esta medida “uma vez que vem confirmar em Dezembro, a má gestão de todo o processo, que já tinha sido denunciada pelo PCP, em Março”. Este ponto foi aprovado por 51 votos a favor, sete abstenções e quatro votos contra.
No que respeita ao Plano Pormenor das Penhas da Saúde, zona Sul, este também foi aprovado com 60 votos a favor e o voto contra do Bloco de Esquerda. Contudo, mesmo votando a favor, o PCP, pela voz de Jorge Fael manifestou o desagrado pela forma como “este tipo de assunto é tratado”. Segundo Fael “este tipo de planos deve ser elaborado segundo as regras e deve ser colocado à discussão pública”. Mas neste caso específico “há um problema ainda maior”, uma vez que se trata do relacionamento com a Turistrela, concessionária da exploração turística daquela zona da serra e que segundo o deputado comunista “não se dá bem com a natureza”. Fael estranhou o facto de estar a ser votado um plano de pormenor para uma zona onde a Turistrela constrói “e polui uma vasta área protegida”.
Os trabalhos passaram ainda pela votação da Carta Educativa do Concelho da Covilhã. com o PSD a defender o documento, mas toda a oposição a mostrar fortes reticências à aplicação prática do mesmo.
O deputado comunista Vítor Reis Silva apresentou um protesto pelo que considera “um ataque deliberado às escolas do concelho”. O comunista não compreende os aumentos registados nas facturas da água dos estabelecimentos de ensino. Aumentos na ordem dos cem por cento podem, segundo Vítor Reis Silva, ser visto nas facturas da água que são pagas pelas escolas do concelho da Covilhã. O deputado comunista apresentou, na última Assembleia Municipal, um protesto contra os tarifários que foram agora colocados aos estabelecimentos de ensino. No entender deste eleito comunista trata-se “de um ataque deliberado às escolas”. Isto porque as últimas actualizações dos tarifários da água foram marcadas pelo aumento deste bem “sobretudo nas escolas”. Reis Silva espera agora que as tarifas pagas pelos estabelecimentos de ensino venham a ser revistas.

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