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Instituto de Filosofia Prática promove Colóquio

Os aspectos e tendências da influência de Hannah Arendt no campo da Teoria Política foram debatidos por vários investigadores nas jornadas que decorreram na UBI na passada semana.

> Helder Filipe Prior
> Andreia Sofia Aleixo

"A Condição Contemporânea, Colóquio do Centenário de Hannah Arendt" foi o tema escolhido pelo Instituto de Filosofia Prática (IFP) da Universidade da Beira Interior para comemorar a vida e obra de uma das mais importantes pensadoras do século XX. André Barata, vice–coordenador do IFP, enaltece a importância que a autora teve em vida, quer para a Teoria Política quer para o próprio jornalismo. "Hannah Arendt tornou-se muito famosa quando cobriu o julgamento de um nazi, Eicheman, onde tomou posições muito paradoxais, sobretudo do ponto de vista da sociedade judaica", refere o investigador responsável pelo Colóquio que decorreu durante os dias 6 e 7 de Dezembro na Sala dos Conselhos.
Durante dois dias, investigadores de diversas áreas científicas associaram-se para debater os contributos deixados por Hannah Arendt no interior da esfera pública moderna. Tendo como ponto de partida as duas obras fundamentais da pensadora alemã que um dia recusou a designação de filósofa, A Condição Humana e A Vida do Espírito, esta iniciativa teve como principal objectivo comemorar o centenário do seu nascimento. Inserida num vasto leque de trabalhos e colóquios levados a cabo no último ano pela unidade de investigação em Filosofia da UBI, esta conferência contou com a presença de dois investigadores espanhóis, Pilar Pereila Matos e Manuel Pecellín Lancharro
No dia 6, a vertente filosófica foi a mais debatida entre os presentes. Investigadores como José Manuel Santos, Ana Leonor, Pilar Pereila, Miguel Morgado e André Barata evocaram a necessidade de compreensão do mundo que a própria autora reclamou desde cedo.
No dia 7, focaram-se os aspectos e tendências literárias e sociológicas da obra da pensadora alemã. Manuel Pecélin Lancharro enfatizou as presenças e influências literárias em Arendt, enquanto que o sociólogo Nuno Amaral Jerónimo abordou os fenómenos directamente ligados à crise da cultura.
A conferência chegou ao fim de forma algo paradoxal com a comunicação de José Rosa acerca do milagroso poder de começar. Estas jornadas encerram o ano de colóquios do IFP que promete começar a trabalhar em novas iniciativas já a partir de Janeiro do próximo ano.

 

 






Data de publicação: 2006-12-12 00:01:20
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