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Jorge Barata é professor catedrático na UBI

Perfil de Jorge Barata

> Eduardo Alves
> Catarina Rodrigues

Jorge Barata é natural de Pampilhosa da Serra, uma localidade encravada no meio de serras do interior de Portugal. Os primeiros anos de escola, para além de lhe darem uma formação científica servem também para “revelar uma sensibilidade muito própria”, a de quem vive no interior do País e vê “os seus colegas a percorrem, quase descalços, vários quilómetros de caminhos gelados, para estarem nas aulas”. Talvez por isso, o concelho da Pampilhosa da Serra seja um dos que regista maior abandono escolar no País.
É também fruto da falta de infra-estruturas na sua terra natal que acaba por ir para Coimbra. Na cidade dos estudantes faz todo o seu Ensino Secundário no Liceu D. João III. E acaba por ingressar na Universidade de Coimbra onde concluiu a licenciatura em Engenharia Mecânica, corre o ano de 1982. Nessa altura, com o canudo na mão “os meus maiores interesses passavam pela poupança de energia e redução da poluição e pela informática”, num tempo em que os computadores estavam fechados numa sala e só se convivia com umas máquinas de furar cartões e umas bandas magnéticas.
Jorge Barata envia o seu currículo para várias universidades do País e acaba por ter a sua primeira entrevista de emprego “num segundo andar de um edifício normalíssimo, de habitação, em Braga, a universidade daquela cidade funcionava aí”. Ainda hoje se confessa “verdadeiramente impressionado” com o crescimento daquela instituição, “de forma muito organizada e estruturada, com uma equipa de docentes muito bem programada”. A conversa com Deus Pinheiro, o responsável pela instituição bracarense deixou-o entusiasmado, mas a ida, “no dia seguinte” à Universidade Nova de Lisboa e ao Instituto Superior Técnico trocaram-lhe as ideias. No IST “fui recebido pelo professor Diamantino Durão que acabou por ser o meu orientador de doutoramento”. Este responsável começou por apresentá-lo a toda a gente e passado meia hora “perguntei-lhe pela entrevista de trabalho, ao que respondeu, não há entrevista, você já foi admitido”. Em Lisboa conhece um professor do Imperial College, de Londres, que trabalhou em colaboração com o professor Passos Morgado na elaboração da proposta de curso de Engenharia Aeronáutica para a UBI. Esse mesmo docente “ofereceu-me um projecto financiado pelo governo britânico que tinha a ver com a resolução de problemas nos aviões de descolagem e aterragem vertical”. É entre a capital inglesa e Lisboa que desenvolve o seu doutoramento, o qual termina em 1989. Nesse mesmo ano “um pró-reitor desta universidade, o padre Videira Pires ao saber que eu tinha acabado o doutoramento nesta área, convidou-me para dar aulas na UBI”. Nessa altura era tempo de outros projectos e a Covilhã não era o local ideal para tantos desafios. Mas, cerca de dez anos mais tarde, em 1999, o convite mantinha-se e Jorge Barata passa a ser docente da UBI, onde actualmente é professor catedrático.

“O segundo ciclo deve estar intimamente ligado à investigação”

“O projecto para o Observatório era muito ambicioso e seria muito importante para Portugal”

“Neste momento, todo o dossier de reformulação do curso está concluído”

“Devemos realçar toda a formação que damos a nível da gestão aeronáutica”


Jorge Barata é professor catedrático na UBI
Jorge Barata é professor catedrático na UBI


Data de publicação: 2006-07-04 00:00:42
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