Debate na UBI
"Percorrendo os
caminhos
da Sociologia"
POR SUSANA FREITAS
O desenvolvimento regional,
a democracia e a falta de diálogo entre o poder e os cidadãos
foram algumas das questões abordadas nas 3ªs jornadas
de Sociologia, que estiveram presentes na UBI no passado 9 e
10 de Maio. No entanto, um dos pontos fortes do evento foi a
presença de Miguel Portas, que suscitou uma grande plateia.
Reunindo uma adesão significativa, estas jornadas apresentam-se
como um exemplo a seguir para iniciativas futuras
Contando com a presença
do vice-reitor da UBI, Mário Raposo, as jornadas tiveram
inicio logo pelas 10h00 de terça-feira. Após a
sessão de abertura, o painel "Desenvolvimento Regional:
realidade ou utopia" contou com a figura de Carlos Pinto,
presidente da Câmara municipal da Covilhã. Segundo
o edil, " o desenvolvimento regional é sustentado
em função da melhoria do nível de vida das
pessoas. Em Portugal, não podemos falar de desenvolvimento
regional , mas sim de desenvolvimento regional localizado em
determinados espaços". O presidente acrescentou ainda
que " é necessário que haja um desenvolvimento
que nos permita concorrer entre cidades e, futuramente, entre
países".
O evento contou ainda com oradores de vários pontos do
País. Entre eles, o mais aguardado era Miguel Portas,
que veio participar no painel " Democracia e Sociedade Civil:
reinventar ou reconstruir o diálogo?". Chorão
da Fonseca, director do Instituto de Emprego e Formação
Profissional; Fátima Abrantes, secretária da Comissão
Nacional de Eleições; e João Gomes, pertencente
à Comissão Instaladora do Hospital da Cova da Beira.
Sendo resultado de um longo trabalho preparado pelo conselho
de estudantes de sociologia da UBI (CESUBI), esta iniciativa
contou com os apoios do Departamento de Sociologia e Comunicação
Social da UBI, da Reitoria e da Associação Académica.
Entre os patrocínios, destacam-se a Câmara Municipal
da Covilhã, a Associação de Municípios
da Cova da Beira, e o INATEL, entre outros.
Sociologia de parabéns
Os objectivos das jornadas foram,
na sua maioria, cumpridos. Contudo, é de realçar
que o evento "representou um grande trabalho por parte dos
organizadores". Tal como afirma Ana Almeida, presidente
do CESUBI, "Trabalhamos muito e foi muito difícil
reunir todas as semanas. Porém, havia muita gente a esforçar-se
em função do mesmo objectivo: que tudo corresse
bem".
Em termos de painéis, em relação aos oradores,
e mesmo quanto à participação das pessoas,
" as jornadas foram de encontro às nossas expectativas,
pois também tivemos o cuidado de escolher temas actuais,
pertinentes, e personalidades capazes de esclarecê-los"
- refere a presidente.
A adesão foi significativa. Venderam-se cerca de 80 bilhetes
gerais, e estiveram presentes perto de volta de 100 pessoas por
painel. Contudo, as atenções viraram-se para Miguel
Portas, que reuniu uma grande plateia. A isto, Ana Almeida responde:
" É evidente que Miguel Portas é uma figura
mediática, uma mais valia, facto que ajudou a promover
as nossas Jornadas. Contudo, penso que no geral, houve interesse
em todos os painéis e em todos os conferencistas".
Segundo Dora Loureiro, membro da organização das
Jornadas, " o balanço foi positivo". Agora resta
seguir o exemplo para futuras acções a realizar.
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