“Estamos com os pés bem assentes na terra”

U@O – A situação financeira da RCC está controlada?
H. C. – A situação financeira está controlada. Há dificuldades, mas não são só nesta rádio. A maior parte da fonte de rendimento passa pela publicidade. Apesar do investimento muito grande em termos de meios difusão, o passivo está controlado.
A direcção tem consciência do estado das coisas, das necessidades e daquilo que é necessário fazer nesta altura. Estamos com os pés bem assentes na terra porque não vale a pena entrar em aventuras porque toda a gente sabe que hoje em dia não há facilidades em termos de mercado. Além disso, a concorrência é muita. Pode não parecer, mas a verdade é que em rádios nós estamos numa região onde temos um número muito acima da média em termos nacionais vendo habitante por rádio. Como tal, há que fazer as apostas certas para se obterem os melhores resultados.

U@O – Visto ser a única rádio do concelho da Covilhã, como é a relação da RCC com a autarquia da Covilhã?
H. C. – A relação com a câmara é normal. Nós fazemos o trabalho isento e a câmara faz o seu. A rádio é uma voz independente e nos momentos cruciais faz a cobertura de forma isenta e ouve a opinião de parte a parte.
Apesar do muito que se tem dito, não há qualquer ligação ideológica. Eu fui acusado de ser funcionário da câmara e por isso muita gente não viu com bons olhos que eu estivesse ligado à rádio. Penso que a partir da hora em que cada um sai do trabalho é livre de desempenhar outros cargos.
Aqui na Covilhã surgiram algumas tentativas de associar a câmara à rádio. Infelizmente as rádios não vivem com o dinheiro das câmaras. Pelo contrário, quem conhece a legislação sabe que as câmaras não podem apoiar as rádios e a RCC não é excepção.

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“Surgiram tentativas de associar a câmara à Rádio da Covilhã”

“Tem existido alguma colaboração com a UBI”