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“Surgiram tentativas de associar a câmara à Rádio da Covilhã”

Após eleições em Outubro de 2006, a Rádio Clube da Covilhã (RCC) teve nova direcção. Horácio de Carvalho, o novo director, em entrevista ao Urbi, esclarece os objectivos da nova equipa e qual o papel que a informação e a música vão ter na nova programação.

> Manuel Fernandes
> Luís Machado

Urbi@Orbi – Em Outubro de 2006 foi eleita uma nova direcção para a Rádio Clube Covilhã (RCC). Qual é a linha de acção dominante desta nova equipa?
Horácio de Carvalho –
A nova direcção pretende agarrar e colocar a imagem da RCC definitivamente como uma imagem de trabalho, de colaboração e de divulgação do que é o concelho da Covilhã. Penso que essa é a base de todas as rádios locais e vai ser essa a base da nova direcção. Naturalmente vai fazer-se um controlo e uma gestão cuidada dentro dos trâmites que são possíveis nesta altura.
Há situações por resolver que temos estado a solucionar de forma calma e tranquila para que possamos ter a rádio estabilizada e possamos trabalhar ao encontro do objectivo que passa essencialmente pelas pessoas se aperceberem da importância que a rádio tem no concelho. Para isto daremos voz ao concelho e elevaremos essa mesma voz ultrapassando as barreiras regionais. Neste momento estamos na Internet, o que é já um primeiro passo.

U@O – Quais as alterações da nova programação agora apresentada?
H. C. –
A programação passa sobretudo por recuperar uma grelha que existiu até Julho de 2006 e que depois, por várias contingências, acabou por desaparecer. Pretendemos voltar a ter uma programação atractiva como penso que estava a ser feito na altura, em termos de imagem exterior, e em conseguirmos audiências de cotação razoável. Será este o primeiro passo. Vamos aparecer mais vezes no exterior, o que é essencial e é por aí que passa hoje em dia a dinamização das rádios.
As rádios têm de ser vivas, isto é, estar nos locais para fazer informação. É importante que se façam programas e iniciativas no exterior. O trabalho está a ser desencadeado aos poucos e poucos. No final deste mês de Janeiro a programação estará completa.

U@O – Que papel assume a música nesta nova programação?
H. C. –
Eu entendo que na RCC, enquanto rádio local, as apostas da rádio em termos musicais têm que passar muito pelo gosto de quem nos ouve, que são as pessoas que nos rodeiam no concelho e na região. Por isso a aposta recai sobretudo na música portuguesa que tem uma cotação bastante grande em termos de audiência, sem haver pejo em colocar a música mais tradicional e mais popular.
Não se negará o espaço à música clássica, ao jazz ou à música estrangeira, que também estão inscritos na nossa programação. A aposta passa também pela associação da música com a voz, já que a rádio não tem que ser mais que uma companhia permanente e para haver companhia tem que haver alguém do lado de lá porque se não tocam-se os cd’s em casa e não é preciso a rádio.

U@O – Que tipo de programas vão ser desenvolvidos nesses novos moldes?
H. C. –
A programação da noite da nova grelha passará sobretudo, e especialmente porque estamos no Inverno, por programas de música mais calma, exceptuando a sexta-feira e o sábado onde, eventualmente, poderá haver um projecto de música para gente mais nova que sabemos que esta a circular para aproveitar a noite para se divertir. Mas irá com certeza haver programas temáticos.
Aliás, o programa de heavy metal que temos é prova disso. É o programa mais antigo da RCC e nesta altura está a ser realizado em Inglaterra e enviado semanalmente para Portugal. Apesar dos custos inerentes nunca se deixou de fazer. Além disto a grelha está aberta a quaisquer colaboradores para programas temáticos.

U@O – Como resposta às dificuldades de contratar mais profissionais, a nova direcção da RCC falou em “angariação de colaboradores”. Pelo que é que vai passar essa política?
H. C. –
Por vários aspectos. Junto da UBI fizemos já um primeiro contacto para que tenhamos alguns colaboradores principalmente do curso de Ciências da Comunicação, que podem ter aqui uma oportunidade de experimentarem também dentro de uma linha profissional, ainda que sem remuneração, a rádio. Já temos alguns contactos e temos gente que já se veio oferecer e que quer aproveitar a experiência directa do trabalho na rádio. Em aberto estão dois ou três programas.
Estamos sempre a falar da programação sempre a partir das sete da tarde porque até lá, esta é assegurada pela equipa residente. Os colaboradores serão sempre apoiados pelo quadro profissional da casa que é a espinha dorsal.

“Tem existido alguma colaboração com a UBI”

“Estamos com os pés bem assentes na terra”

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"A nova direcção pretende colocar uma imagem de trabalho na RCC"


Data de publicação: 2007-01-30 00:00:00
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