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Simpósio do FibEnTech ao serviço da divulgação da ciência
Carla Sousa · quarta, 3 de fevereiro de 2016 · @@y8Xxv Nos dias 28 e 29 de janeiro, decorreu na Universidade da Beira Interior (UBI) o primeiro Simpósio da Unidade de Investigação FibEnTech: Materiais Fibrosos e Tecnologias Ambientais. Após um interregno de três anos na sua organização, devido à existência de um processo de avaliação complexo, o evento regressa com o objetivo de divulgar a investigação que se desenvolve na unidade. |
No decorrer do simpósio, os jovens investigadores também tiveram a possibilidade de expor o trabalho desenvolvido. |
21986 visitas O coordenador científico do FibEnTech referiu que a iniciativa "pretende ser um incentivo à produção científica, colocando os investigadores em contacto uns com os outros, para que possamos caminhar com mais firmeza para o futuro e fazer candidaturas a programas e projetos que nos permitam o financiamento". Manuel Santos Silva salienta a importância da iniciativa, que "produz investigação em campos que são fundamentais para a economia portuguesa, como é o caso do têxtil, da celulose e do papel, da química e das questões ambientais". De acordo com o antigo reitor da UBI, a universidade "tem condições únicas, em termos de equipamento e de recursos humanos para desenvolver investigação nestas áreas, e colocar esse conhecimento ao serviço das empresas". Foi o que fez a investigadora Ana Ramos, que através da solicitação de uma empresa de fabrico e comercialização de papel, desenvolveu um estudo baseado em novos materiais celulósicos. A empresa "tinha como perspetiva desenvolver outros materiais celulósicos que não o papel", afirma a docente do Departamento de Química. Assim, ambas as organizações ficam a ganhar com esta parceria, uma vez que "a indústria, com o nosso conhecimento, pode criar e melhorar produtos e a UBI pode aumentar as publicações científicas, melhorando a avaliação do grupo e da universidade", salienta. No decorrer do simpósio, os jovens investigadores também tiveram a possibilidade de expor o trabalho desenvolvido. Neste sentido, Andreia Marta, estudante de mestrado em Química Medicinal, que na sua intervenção abordou a "síntese de nanopartículas para transporte de fármacos", defende que a sua participação neste simpósio é "uma forma de preparação para o futuro, dando a conhecer o meu trabalho, num país em que a investigação precisava de ser mais desenvolvida". Nestes dois dias, realizaram-se variadas comunicações de investigadores provenientes de outras universidades e que colaboram com o FibEnTech. Foi o caso de Maria de Fátima Carvalho, docente do Instituto Politécnico de Beja, que com a sua investigação venceu o Prémio GPA EDIA "Boas Práticas em Alqueva". Já para novembro, Manuel Santos Silva perspetiva a internacionalização do evento. "Teremos um simpósio internacional, com uma abrangência maior, abrimos esta iniciativa ao mundo, e os investigadores internacionais terão a oportunidade de apresentar aqui os seus projetos", afirma. No final do encontro, as comunicações proferidas terão publicação eletrónica, para que "a comunidade científica internacional possa ter conhecimento do que estamos a investigar neste momento", garante.
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