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Parceria internacional resulta em mestrado que combina saúde e tecnologia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 12 de novembro de 2014 · @@y8Xxv A UBI participa num consórcio com instituições da Holanda e Finlândia que vai resultar numa formação destinada a preparar profissionais dos campos da saúde e do desenvolvimento de equipamentos. |
O holandês Charles Willems é o principal coordenador do mestrado |
21987 visitas Recebe a designação de Master in Care and Technology e constitui-se como uma formação que quer estabelecer várias pontes. Começa logo com o consórcio que a está a desenvolver. São seis instituições de três países europeus: Universidade da Beira Interior (UBI), através das faculdades de Ciências da Saúde (FCS) e de Engenharia, três academias holandesas e duas finlandesas. E quanto à linha que define o conteúdo do mestrado ela pretende unir cuidados de saúde com tecnologia, seja na utilização dos equipamentos na prática diária dos profissionais, seja na forma como a indústria desenvolve novos dispositivos. O projeto levou cerca de três anos a pôr de pé e, ao que tudo indica, deverá arrancar no próximo ano letivo, preparando profissionais que intervenham em dois campos nem sempre coordenados. Por um lado, destina-se a especialistas do campo da saúde mais sensíveis às questões da tecnologia que “possam compreender e melhorar a parte dos equipamentos” e, por outro, de acordo com Miguel Castelo Branco, pelo lado das empresas dedicadas a esta área, que reconhecem ser preciso “perceber melhor quais é que são as necessidades. Miguel Castelo Branco é diretor do mestrado integrado em Medicina e um dos docentes envolvidos no projeto, da parte da FCS. Charles Willems é o coordenador do Master e recorre à sua experiência para explicar a ideia inicial. Ligado à área da Biologia há duas décadas, tem “interesse na tecnologia e no apoio que esta pode prestar às pessoas para que vivam de forma independente”, como explicou na quinta-feira, dia 6, após a apresentação da formação na FCS. Esta parte que diz respeito aos docentes e investigadores transfere-se para os destinatários do mestrado: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais de saúde ligados a instituições, mas também engenheiros informáticos. No caso daqueles que desempenham funções nos campo da medicina ou recuperação podem, depois, iniciar novas formas de tratamento ou desenvolvimento de cuidados, com recurso à tecnologia. É usado com exemplo profissional de apoio domiciliário. “Pense-se numa enfermeira a trabalhar ao domicílio. Tem que ir a casa do paciente todos os dias, ou pode usar a informação, monitorizando com tecnologia, para saber se a pessoa está em bom estado físico?”, explica o também docente da Zuyd, instituição de ensino de Maastricht, na Holanda.
20 A 30 VAGAS E MODELO BRANDED LEARNING O mestrado deverá abrir com 20 a 30 vagas e vai assentar num modelo de branded learning, com material online, mas não exclui a ida dos alunos às instituições do consórcio, porque se pretende que os participantes também “aprendam com outras pessoas e em diferentes ambientes”, explica Charles Willems, sublinhando que os estudantes terão o apoio do especialista que melhor se adequarem ao seu trabalho. O consórcio integra, além da UBI, as holandesas Fontys e Saxion e as finlandesas Samk e Tamuk. Na Covilhã, Miguel Castelo Branco, Ilídio Correia, director do 2º Ciclo em Ciências Biomédicas, e Nuno Garcia, docente do Departamento de Informática, são os principais rostos desta cooperação. A UBI terá um papel mais relevante nos conteúdos das áreas clinica, médica e Tecnologias da Informação e Comunicação. A apresentação do mestrado decorreu após a realização da I Mostra de Tecnologias Inovadoras produzidas na Universidade da Beira Interior, que teve lugar durante a tarde, na Faculdade de Ciências da Saúde. |
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