Recorrendo a tecnologia de ponta, os alunos do curso de Ciências Biomédicas desenvolveram vários projectos em que, aliaram a uma ideia inovadora uma capacidade de a ver fielmente executada por novos meios técnicos. Estes trabalhos serviram, na sua maioria, como Tese de Mestrado para os alunos que, num esforço conjunto, sob a tutela do Professor Ilídio Correia, desenvolveram novas vias no tratamento médico de diversos problemas.

Como o caso do trabalho efectuado por André Ferreira Moreira, aluno de Ciências Biomédicas, que desenvolveu juntamente com os seus colegas uma maneira eficaz no tratamento de fracturas ósseas, através de scaffolds, uma estrutura formada por um polímero e uma cerâmica, que através da prototipagem rápida conseguem uma rápida regeneração da zona afectada. Os scaffolds, são processados por uma máquina que procede á impressão 3D da estrutura que se irá colocar na zona afectada. “ È o método que mais se adequa no tratamento de fracturas, tornado agora simples com o desenvolvimento do processador de polímeros” diz André Moreira.

 Houve também espaço para expor produto de empresas da área, como o caso do Security Watch, desenvolvido e distribuído por duas empresas sedeadas na Beira Interior (MPTEC e Vilafarma). Consiste num objecto, pode ser um relógio ou uma medalha, que vigia os movimentos de idosos e reencaminha qualquer informação inesperada (queda, etc.) para um número definido, chamando-o até o utilizador atender. Vem equipado com GPS, no caso de o utilizador sair da área predefinida, permitindo a sua rápida localização. Pode ser um utensílio importante no controlo de pacientes que sofram de Alzheimer, alertando os responsáveis para uma eventual saída da zona de “conforto”.

Outro dos projectos em montra, desenvolvido por alunos de Ciências Biomédicas lida com nanoparticulas de sílica que foram elaboradas com o objectivo de incorporarem fármacos e levarem-nos até às células cancerígenas. A vantagem do fármaco ser entregue no corpo do paciente na forma de nanoparticulas é que o fármaco vai sendo lentamente libertado. È um meio de transporte delicado, tem de ter em conta várias contingências, temperatura, um material absorvente capaz de encapsular o fármaco, sem haver vazamento precoce.

A coordenar estes projectos está o Professor Ilídio Correia, Director do curso de Ciências Biomédicas, que vê a mostra de Tecnologias Inovadoras como uma excelente oportunidade para expor o trabalho desenvolvido pelos seus alunos. “ È uma óptima montra para a partilha e divulgação dos projectos aqui desenvolvidos, com a presença de professores de várias universidades e empresas, que pode levar à criação de novas redes de contactos”, diz Ilídio Correia.

Mais acções como esta estão previstas, estando esta inclusive a decorrer em paralelo com as Jornadas de Saúde do Idoso e o Congresso Hispano-Luso de Gerontologia, o que mostra bem a relevância que a área da saúde comporta na Universidade da Beira Interior.