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Covilhã celebra VII Festival da Cherovia
Carina Alves · quarta, 8 de outubro de 2014 · Continuado Tasquinhas, animação de rua, exposições, concertos, concursos, artesanato e muita animação foram os principais ingredientes da sétima edição do Festival da Cherovia. A zona histórica da cidade recebeu pela primeira vez raíz mais típica do concelho.. |
VII Festival da Cherovia |
21978 visitas Criar um festival dedicado a um dos ex libris da Covilhã, foi esta ideia que esteve na origem de um projecto que vai já na sua sétima edição. O festival anual centra-se na famosa cherovia, plantada apenas no concelho da Covilhã e por isso tão conhecida por terras beirãs. "O festival veio trazer uma nova dinâmica no sentido de potenciar este produto que estava um pouco esquecido. Dessa forma os agricultores voltaram a plantá-la e as novas gerações têm a oportunidade de saborear e conhecer um produto tão característico da cidade", explica a propósito da criação do festival, o seu fundador, e actual director, Eduardo Cavaco. Na edição deste ano a organização pretendeu diversificar o número de iniciativas e atrair mais público para o festival. Neste sentido foram várias as parcerias estabelecidas com diferentes entidades. A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA), a EncanaTuna e a Reitoria da UBI vieram enriquecer o festival com projectos diferentes. A apresentação do cartaz da Recepção ao Caloiro, a exibição da peça "Diário dos Infiéis" no Teatro Municipal da Covilhã, um encontro de tunas académicas, e ainda a promoção do festival nas cantinas da universidade, em que se pôde saborear a cherovia como entrada das refeições, foram apenas algumas das iniciativas desenvolvidas. "A EncantaTuna já participa no festival há algum tempo mas é a primeira vez que integramos o "Cidade Neve" nele. Fizemo-lo a pedido da organização e acho que foi uma boa iniciativa pois dá a conhecer não só a nossa tuna como aquelas que convidamos para virem participar”, esclarece a propósito do encontro de tunas, Adília Nunes, magíster da EncantaTuna. Outra das novidades foi a localização do festival. Pela primeira este teve lugar na zona histórica da cidade. A zona de Santa Maria, junto à Câmara Municipal, foi palco desta festa durante quatro dias. "Este ano decidimos abrir as portas ao centro histórico para começar a ter um projecto da nova Covilhã, estamos na zona onde a cidade nasceu e como as novas gerações moram na parte baixa da cidade decidimos dar a conhecer mais estas ruas que têm tanta história consigo. A organização está muito contente porque a recetividade foi muito positiva", afirma Eduardo Cavaco. O formato do festival também se alterou, na medida em que nas edições anteriores decorria no Jardim Público, num circuito fechado, em que era necessário pagar entrada, e cujos expositores eram bastante reduzidos. "Abrimos um concurso para selecionar as pessoas que iriam abrir as suas próprias barraquinhas pagando um valor simbólico para expor os seus produtos. Neste sentido, apelámos ainda às pessoas que aqui moram que abrissem portas às suas garagens, lojas e caves e abraçassem a ideia. Temos pessoas que expõe artesanato, licores e diversos produtos típicos da nossa região o que dá ainda mais vida e dinamismo ao festival pois as pessoas abrem as suas lojas para receber quem até cá vem”, explica Augusto Domingues, vice-magíster da Desertuna. A sétima edição do Festival da Cherovia foi uma vez mais organizada pela Banda da Covilhã em parcerias com a Associação Cultural da Desertuna e aa Camâra Municipal da Covilhã. Durante estes quatro dias de festa desde o folclore, às tunas, aos dj’s e à música mais tradicional portuguesa, nenhum gosto foi esquecido. Diversas tasquinhas aludindo àquela que muitos dizem ser uma cenoura sem cor, estiveram abertos com petiscos, bebidas tradicionais, produtos da região e artesanato. “Penso que a organização teve boas escolhas este ano tanto a nível de mudança de espaço como de inserirem muito mais barracas no festival. Nota-se que há muita mais gente a vir até cá e há muitos universitários que não perderam a oportunidade de vir ver o que havia de novo nesta festa”, diz João Gaspar Catarino, visitante do festival e aluno da UBI. No âmbito do Festival destaque ainda para as visitas guiadas à Igreja de Santa Maria e para o carrosel medieval e solidário da Delegação da Cruz Vermelha da Covilhã. A organização considera que a adesão por parte do público foi muito positiva e por isso a ideia passa por manter o festival na zona histórica da cidade, com o mesmo formato, garantindo assim a satisfação dos diferentes públicos. |
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