O início do encontro foi marcado pela apresentação da temática "A Importância Crescente da Língua Portuguesa no Panorama Mundial", proferido por João Malaca Casteleiro, professor catedrático  na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O convidado começou por fazer referência ao Canto I, dedicatória do poema épico a El Rei D. Sebastião d´Os Lusíadas de Camões, para mostrar a amplitude do Império Português: " Vós, poderoso Rei, cujo alto Império; O Sol, logo em nascendo, vê primeiro; Vê-o também no meio do Hemisfério, E quando desce o deixa derradeiro;". Malaca Casteleiro sublinhou o domínio da Língua Portuguesa no século XVI e constatou que "desse grande império que se estendeu a quatro continentes ficou a Língua Portuguesa como resultado maior da expansão visitada pelo mundo." 

Estima-se que existam cerca de 250 milhões de lusófonos, três por cento da população mundial, estimando-se para 2050 um crescimento para 350 milhões de lusófonos. A riqueza da Língua Portuguesa representa para Portugal cerca de 17 por cento do produto interno bruto e o domínio político da Língua Portuguesa no mundo corresponde já à sétima parte da superfície da Terra, afirma Malaca Casteleiro.  

Na conferência foi também vincado o papel da CPLP, criada em 1996, enquanto organização que junta nove estados e faz apelo à cooperação económica, social, cultural, técnico-científica e jurídica entre os países de Língua Portuguesa. O valor económico da nossa língua tem vindo a crescer significativamente e certamente se virá a falar mais da CPLP devido às reservas de Petróleo que lá existem", declara o docente Alexandre Luís, um dos organizadores deste encontro.

Rolf Kemmler, investigador na UTAD, defende o novo código da escrita e assume que devem ser definidos os donos da ortografia  da Língua  Portuguesa no estado atual do acordo ortográfico.  "Só os  países da CPLP representados pelos seus respetivos governos constitucionalmente eleitos, deverão ser considerados, diz Kemmler.

Evanildo Bechara, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, referenciou a obra de Machado de Assis e mostrou na plenitude a essência e a força da Língua de um país: "sempre achei que uma gramática é uma coisa muito séria. Uma boa gramática é um alto serviço a uma língua e a um país", evidencia o professor brasileiro.

O encontro ficou marcado por um debate entre oradores e alunos acerca da definição e influência mundial da nossa língua materna. A Língua Portuguesa ocupa o quinto lugar no que respeita a línguas mais faladas no panorama mundial e foi língua franca internacional durante dois séculos e meio, lugar que o inglês ocupa somente há 60 anos. 

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- Notícia corrigida às 14h15 de 8 de outubro de 2014.