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Semana Internacional do Cérebro começa na UBI
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 12 de mar?o de 2014 · @@y8Xxv O envelhecimento ativo é uma das soluções propostas para defender as competências cerebrais nas idades mais avançadas. Ideia defendida na abertura da Semana Internacional do Cérebro, que arrancou na UBI. |
Especialistas e o presidente da Câmara da Covilhã analisaram formas de promover o envelhecimento ativo |
21980 visitas Cérebro e envelhecimento. Dois temas que fazem parte de muita da investigação que tem sido desenvolvida ao longo dos últimos anos na área das neurociências e que centraram atenções na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI). No sábado, dia 8, a instituição foi palco da abertura nacional da Semana Internacional do Cérebro, uma iniciativa organizada pela Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN) em colaboração com a Ciência Viva. A plateia juntava dois extremos geracionais: avôs e netos, que participaram nas iniciativas preparadas para a jornada dedicada ao cérebro. Simbolicamente, representavam o público-alvo de muito do que foi dito durante a tarde. Que é necessário envelhecer mantendo atividades que estimulem aquele órgão, uma prática que deve começar antes de chegar a idades mais avançadas. “Não há receitas porque não sabemos ainda o suficiente”, disse no final Rui Costa, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências e Investigador Principal da Fundação Champalimaud. “Mas com certeza que alternar rotinas com coisas novas é importante. Manter uma interação social é necessário a partir de uma certa idade, porque isso é valorizado. Deve ter-se cuidado também com a alimentação”, afirmou o investigador natural do distrito da Guarda.
Mesa redonda pelo envelhecimento ativo Antes, o tema esteve em debate na mesa redonda onde participaram especialistas como Rui Costa, Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Cova da Beira – destacando mesmo que “é muito importante começar a preparar a idade avançada desde muito cedo” –, as docentes da UBI Assunção Vaz Patto, Marina Afonso e Graça Baltazar. Mas também um responsável político, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira. O autarca referiu que a edilidade tem apostado em criar condições para “manter os idosos ativos”, enquanto Rui Costa defendeu que há ainda muitos reajustamentos a fazer noutras áreas para se adequar à população. “Considera-se que o envelhecimento do ponto de vista biológico e cerebral começa aos 40 anos. A maioria dos portugueses está nesta faixa etária e vemos que os produtos não estão de acordo com isso. Os jornais têm letras pequenas, por exemplo”, lembrou. O investigador sublinhou ainda que a idade não é uma fator de limitação, mas de novas capacidades. “Existe maior dificuldade física em fazer algumas coisas”, admitiu, mas “um cérebro mais complexo, com mais idade, tem a competência do poder de síntese”. O aumento da esperança média de vida coloca ao cérebro e à investigação científica novos desafios, como admitiu Rui Costa, a par da luta contra doenças como Parkinson e Alzheimer. Para quando soluções que evitem estes problemas? O vice-presidente da SPN fala de dificuldades em prever, mas aponta um prazo de “10 anos” para que se encontrem tratamentos na área de Parkinson.
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