Um minuto de silêncio em memória de Eusébio. Começou desta forma a partida entre Vitória de Setúbal e o Sporting da Covilhã, jogo a contar para o Grupo A da taça da Liga, disputado na passada quarta-feira no Estádio do Bonfim. Com as bancadas praticamente vazias num jogo ao fim da tarde, os leões da serra acabaram derrotados num jogo condicionado pelo terreno pesado, que obrigou a um futebol lento.

A primeira parte do jogo foi pobre em ocorrências. O Sporting da Covilhã até foi a primeira equipa a causar perigo, num lance aos 26’ minutos por Bata, que obrigou Kieszek a uma defesa acrobática. Mas o Vitória respondeu com duas oportunidades claríssimas, a merecer destaque a espetacular prestação do guarda-redes Igor do Sporting da Covilhã, que evitou o golo. Ao minuto 37’, Ricardo Horta (V. de Setúbal) remata à entrada da área para uma defesa difícil junto ao poste, e logo de seguida ao minuto 41’ Igor volta a defender com o pé a recarga de Rafael Martins (V. de Setúbal).

Igor continuou a sua grande exibição na segunda parte, ao defender um golo cantado de Ney Santos (V. de Setúbal) ,ao minuto 57’. Pouco depois, foi a vez de os serranos criarem perigo, na sequência de um livre lateral, onde um desvio defensivo mal calculado de Venâncio (V. de Setúbal) passou a rasar com perigo o poste da própria baliza (67’).

Os minutos finais do jogo ficaram marcados por questões disciplinares, com cartões vermelhos para Nelson Pedroso (V. de Setúbal) e Carlos Manuel (Sp. da Covilhã), aos minutos 83’ e 93’, respetivamente. Acabou por ser na sequência deste último lance, muito contestado pelo banco do Sporting da Covilhã, que o Vitória de Setúbal acabou por marcar, já em tempo de compensação. Um livre marcado por Miguel Pedro, com Venâncio a cabecear sem hipótese e a desfazer o empate justificado pela prestação das duas equipas.

Na conferência de imprensa, Francisco Chaló, treinador do Sporting da Covilhã, não quis a alimentar polémicas de arbitragem sobre o lance que esteve na origem do golo do Setúbal, que considerou “complicado de ajuizar”, e preferiu reconhecer a qualidade do futebol praticado e a dedicação dos seus jogadores.

José Couceiro, treinador do Vitória de Setúbal, admitiu a sorte do resultado final, num jogo que poderia ter sido ganho por qualquer uma das equipas, destacando a “capacidade ofensiva interessante“ do Sporting do Covilhã, já notada na eliminação do Olhanense.

No outro jogo do Grupo A da Taça da Liga, o Rio Ave venceu o Paços de Ferreira e lidera o grupo em igualdade pontual com o Vitória de Setúbal.

No domingo, em jogo do campeonato, o Sportinga da Covilhã venceu o Tondela, em casa, com um golo de Báta.

Ficha de Jogo

Equipas:

Vitória de Setúbal: Kieszek, Pedro Queirós, Venâncio, François, Nelson Pedroso, Ney, Tiago Terroso (Cardozo, 64), Pedro Tiba, Ricardo Horta (Miguel Pedro, 72), Rafael Martins e Pedro Coronas (Bruninho, 80).

(Suplentes: Carlos Servín, Cohene, Miguel Pedro, Bruninho, Marlon, Kiko e Cardozo).

Treinador: José Couceiro.

Sporting da Covilhã: Igor, Tiago Lopes, Rocha, Edgar, Alex Kakuba, Gilberto (Amian, 76), Victor Massaia, Tiago Martins, Gui (Forbes, 66), Bata (Kizito, 87) e Carlos Manuel.

(Suplentes: Forbes, Joel, Amian, Kizito, Samu, Soares e Cheng).

Treinador: Francisco Chaló.

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Disciplina:

Cartões amarelos: Alex Kakuba (14), Tiago Terroso (48), Ney (54), Tiago Lopes (62) e Nelson Pedroso (81).

Cartões vermelhos: direto para Nelson Pedroso (83) e para Carlos Manuel (90+3).

Assistência: Perto de 1000 espetadores.

(Áudio captado de RCB - Rádio Cova da Beira)