Uma reforma feita pelas instituições. É desta forma que o ensino superior português deve ser reorganizado, no entender do reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo. Em Castelo Branco, durante a cerimónia de assinatura de dois protocolos com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), o responsável pela academia sedeada na Covilhã defendeu que as mudanças não devem ser feitas mediante uma “diretiva ditada pela ‘troika’ ou pelo Terreiro do Paço”, em declarações à Agência Lusa, mais tarde difundidas pela comunicação social.

O tema tem estado na ordem do dia na UBI, com o Conselho Geral da instituição a sugerir o diálogo com as instituições da Beira Interior. Esse mesmo diálogo tem sido aprofundado com o Instituto Politécnico da Guarda. Conversas entre as academias que António Fidalgo entende ser a melhor forma para a desejada reorganização da rede: “Percebendo a realidade que têm de enfrentar e conhecendo os estudos de indicação daquilo que vão ser os próximos 20 anos”. É assim que podem “desenvolver estratégias de aproximação e de associação”.

Presente na cerimónia que aproximou as instituições no que toca à investigação em saúde, Carlos Maia, presidente do IPCB, remeteu para a posição do Conselho Geral da instituição. “[O órgão] já o fez e apesar do escasso tempo que foi disponibilizado para fazer uma reflexão aprofundada, pronunciou-se e a posição é no sentido de reforçar as parcerias com as nossas instituições congéneres e limítrofes”, disse também à Lusa, acrescentando: “A região terá a ganhar muito com isso”. “Há várias formas de fazer essa reorganização. Neste momento, aguardamos também algumas instruções da tutela sobre essa matéria”, refere.