A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FSC-UBI) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), através da Escola Superior Agrária, vão colaborar na investigação da reprodução animal e potencialidades terapêuticas de plantas. A parceria foi oficializada ontem, terça-feira, dia 7, com a assinatura de dois protolocos cujo objetivo é aproveitar o conhecimento que existe nas duas instituições de ensino superior para depois aplicar os resultados na reprodução humana e criação de novos tratamentos.

O Laboratório de Campo da Escola Superior Agrária (LC-ESA) e o Laboratório de Biologia da Reprodução Animal (LaBRA), da Faculdade de Ciências da Saúde, servem de base para a constituição do Grupo de Estudos de Reprodução Animal (GERA). “O trabalho a desenvolver surge na sequência daquilo que tem sido estudado pelo professor José Martinez, que está na origem do LaBRA”, explica Luís Taborda Barata, presidente da FCS-UBI.

A parceria junta os interesses da Faculdade de Ciências da Saúde em ter acesso a animais para a investigação, enquanto a Escola Agrária aproveita a capacidade instalada na Covilhã no que toca à fertilização in vitro. “Tudo isto permite complementaridade a quem está no terreno”, acrescenta o responsável pela Faculdade de Ciências da Saúde.

À PROCURA DE NOVOS FÁRMACOS

Também com a coordenação de José Martinez, o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior reunirá a investigação das duas instituições para que se traduza na criação de novos fármacos. O centro vai ser instalado no parque agroindustrial de Soalheira, no concelho do Fundão, e conta ainda com a participação da autarquia. “Trata-se de um grupo de trabalho interessante que procura aplicação na descoberta de novas substâncias para antibióticos e antissépticos. O objetivo é maximizar o know-how para que o mesmo se traduza em algo com relevância na ciência farmacêutica e combata várias patologias”, considera o presidente da FCS, que admite a “criação de uma spin off para gerar informação e produtos”.

Luís Taborda Barata considera que “estes protocolos surgem na sequência de um longo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido entre a UBI e o IPCB, tanto na área da reprodução animal como na de botânica, e durante o qual se tornou essencial a criação de uma entidade que congregue o know-how das duas entidades”.

A cerimónia de assinatura dos protocolos decorreu em Castelo Branco. Contou com a presença de António Fidalgo, reitor da UBI, e Carlos Maia, presidente do IPCB.