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Bibliotecas com novas regras para promoção da leitura
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 1 de janeiro de 2014 · UBI Introduzidas em meados de dezembro, as normas destinam-se a reduzir o ruído nas zonas de leitura. Foram ainda definidos espaços para os alunos trabalharem em grupo |
O anúncio das normas em vigor está bem visível na zona de entrada da Biblioteca Central |
21963 visitas Acabar com o ruído nas salas de leitura e criar locais alternativos para trabalho de grupo são os dois objetivos que estão na base das alterações introduzidas no funcionamento dos três espaços que compõem a Biblioteca da Universidade da Beira Interior (UBI), desde meados de dezembro. As mudanças estão inscritas num regulamento provisório, cujas regras farão parte do documento final que deverá estar pronto no segundo semestre. As regras estão bem visíveis logo à entrada da Biblioteca Central. Os alunos têm normas de conduta simples vertidas em quatro pontos, onde o termo “expressamente” é usado nas duas primeiras: “É expressamente proibido, conversar, fazer ruído, falar em voz alta e aos telemóveis” e “é expressamente proibido realizar trabalhos de grupo nas salas de leitura”. Utilizada como local de estudo coletivo ao longo dos últimos anos, a Biblioteca Central perdeu a tranquilidade que se exige de um espaço deste género, no entender dos responsáveis da UBI. E as queixas chegaram de vários quadrantes. José Rosa, professor bibliotecário, fala de reparos de estudantes de todos os ciclos da Universidade. “Se não existissem, não teríamos tanta urgência em resolver isto. Há alunos que querem de facto usufruir silenciosa e individualmente de leituras na biblioteca”, refere. Para trabalhos de grupo, os estudantes podem agora requisitar salas de aula que não estejam a ser utilizadas, nomeadamente nas faculdades mais próximas da Biblioteca Central. Mas mesmo neste edifício há outras alternativas. Além dos diversos halls, o local onde existia uma livraria foi reconvertido. “Não há problema de espaços”, afirma José Rosa, recusando a não existência de salas à disposição: “Neste momento, nem os alunos nem a Associação podem dizer que não têm locais alternativos para trabalhar”. Uma referência aos reparos feitos pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), que reagiu a estas alterações. “Não deve ser introduzida uma mudança radical no funcionamento das salas principais das bibliotecas, como salas de leitura individual, sem oferecer alternativas adequadas aos estudantes para o seu estudo coletivo”, alertam os dirigentes estudantis, em comunicado. Criticam ainda a oportunidade das alterações: “Primeiramente, as mesmas devem ser alvo de discussão entre todos os seus utilizadores e introduzidas num período de menor utilização da Biblioteca, nomeadamente na mudança de semestre”. A AAUBI lembra ainda que tem uma sala para estudo na sua sede, aberta entre as 11h00 e as 4h00, gesto que José Rosa saúda.
INTERVENÇÕES TÉCNICAS PARA REDUZIR RUÍDO Ainda de acordo com as medidas introduzidas, o segurança privado que estava escalado para a Biblioteca Central deixa de estar presente e estão previstas intervenções técnicas – minimização do barulho provocado por cadeiras, colocação de alcatifas e redução do ruído do elevador –, a realizarem-se ao longo das férias de Natal. “Há outras fontes de ruído da biblioteca que estamos a identificar e a retirar”, segundo o responsável pelas bibliotecas. A Biblioteca da Universidade da Beira Interior compreende três pólos: Biblioteca Central, Biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Ernesto Cruz, e Biblioteca da Faculdade de Ciências da Saúde. No novo regulamento será incentivado o acesso da comunidade da região aos três espaços. |
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