Nasceu a 10 de novembro de 1913, em Coimbra, e fez grande parte dos seus estudos em Lisboa, onde concluiu o liceu (ensino secundário) e se licenciou em Direito pela Faculdade de Direito da cidade.

Desde cedo que se interessou pela vida política por considerar “que as coisas não estavam bem”. Encontrou a sua ideologia política no Partido Comunista Português (PCP) onde se filia em 1931. Pertenceu também a vários movimentos revolucionários que o levaram à prisão e à tortura por várias vezes. Sendo que o período mais longo encarcerado foi de 1949 até 1960, altura em que fugiu do Forte de Peniche com mais alguns presos políticos.

A década seguinte até Abril de 1974 foi um período intenso de preparação para a revolução, onde Álvaro Cunhal esteve presente e ativo.

Após a liberdade ter sido instaurada em Portugal, Álvaro Cunhal continuou a ter uma presença forte na política. Membro dos Governos Provisórios durante quatro anos, eleito deputado da Assembleia Constituinte, membro do Conselho de Estado entre 1982 a 1992, foi fundamental para orientar o país depois de décadas de ditadura. Nos anos que se seguiram continuou a ter atividade política no PCP, assim como até à data de sua morte, a 13 de Junho de 2005. No seu funeral, a 15 de Junho de 2005, participaram centenas de milhares de pessoas para prestar uma última homenagem.

Faleceu com 92 anos e para além das suas conquistas políticas, batalhas travadas pelos seus ideais que sempre defendeu, Álvaro Cunhal conta também com obras literárias como “Até Amanhã Camaradas”, “A Estrela de Seis Pontas”, “Cinco Dias; Cinco Noites”, entre outros títulos. 

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