Cristiana Vieira, professora da UBI, iniciou a conferência com a leitura de “Verão”, um excerto do livro “Até Amanhã Camaradas” da autoria de Álvaro Cunhal. Patrícia Machado, da comissão política do comité central do PCP, e Domingos Abrantes, dirigente do Partido Comunista durante vários anos, discursaram para um anfiteatro se Sessões Solenes quase cheio. Relembraram a vida e pensamento de Álvaro Cunhal, com o foco nas batalhas travadas, ideologia e palavras do antigo militante do partido.

Conceição Matos, que tem acompanhado os diferentes eventos de celebração, admite que foi uma sessão enriquecedora. “Acho que é gratificante haver este tipo de sessões para uma pessoa que lutou toda a sua vida a pensar no bem dos outros”, refere.

Da parte da organização regional, Luís Ferreira considera que houve uma boa adesão da parte do público apesar de ter gostado ver mais pessoas presentes. “Álvaro Cunhal representa o afirmar de uma convicção e só com esses pensamentos é que conseguimos vencer a situação atual”, acrescentou ainda sobre a importância da personalidade para o partido.

A sessão foi complementada com atuações da Filarmónica Recreativa Carvalhense, do Coro Misto da Universidade da Beira Interior e das Adufeiras do Paul, que trouxeram até ao público músicas populares com representação de cenas do quotidiano popular tradicional.

Durante este ano multiplicaram-se as cerimónias que assinalam o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. Sempre com o mote, “Vida, pensamento e luta: um exemplo que se projeta na atualidade e no futuro”, as celebrações tentaram, através de exposições, debates, seminários e conferências, alcançar todas as vertentes da vida do antigo secretário-geral comunista. O ponto alto das celebrações foi atingido no passado domingo, 10 de novembro, dia do nascimento do militante, com uma festa no Campo Pequeno em Lisboa.