Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Menos movimento no comércio
Mário Ribeiro e Ricardo Fernandes · quinta, 27 de dezembro de 2012 · Continuado O grave período de crise económica que o país presentemente atravessa e a depressão no consumo reflecte-se um pouco por todos os sectores comerciais. O grande e pequeno comércio, como tal, não são excepção. |
O comércio está a enfrentar a quadra com números muito negativos |
21970 visitas Na zona centro, onde as estatísticas verificam cada vez mais um acentuado descréscimo populacional, esta situação é mais notória. Numa cidade com forte aposta turística como a Covilhã, uma ida ao supermercado demonstra a quase a solidão em que vivem estes locais, outrora tão frequentados a uma manhã de sexta-feira. Do mesmo modo, também nos Hipermercados, como o Continente e o Intermarché, é possível observar um descréscimo no número de compradores e de movimento, bem longe da animação de outros anos. Apesar das circunstâncias, nas grandes superfícies da Covilhã nenhum responsável quis pronunciar-se acerca do panorama actual neste período de grave crise económica. Porém, esta redução não escapa aos olhos de grande parte dos clientes, como o senhor Manuel, de 63 anos, com quem conversámos à saída de uma grande superfície. “Há uns tempos, na época natalícia, quando íamos às compras, tinhas de esperar imenso tempo nas filas; agora somos atendidos mal chegamos às caixas”, realçou, dando mais um exemplo: “Antes as pessoas enchiam os carrinhos sem olhar a custos, quando hoje em dia, contam todos os cêntimos.” Dono de um pequeno restaurante no Canhoso, no concelho da Covilhã, Manuel não é estranho a esta situação. Os empresários, com a diminuição do número de clientes e, consequentemente, do lucro, veem-se em dificuldade para cumprir com as suas obrigações. “Não é fácil ter de pagar, todos os meses, a duas empregadas, ao meu filho, e à minha mulher!“, rematou algo indignado. Quanto a melhorias, Manuel não as espera, pois o cenário, como refere, piorará com o advento do próximo ano. As próximas medidas de austeridade, destaca, “irão traduzir-se num ainda menor poder de compra para as famílias”. Os consumidores mostram-se também algo reticentes com a quadra. É o caso de António Pinto, Daniela Berrincha e Conceição Madaleno, que falam sobre a sua opinião do Natal. [Voltar] |