Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
A festa é das crianças
Bárbara Carvalho e Laura Souza e Ricardo Verdade e Mónica Sarreira · quinta, 27 de dezembro de 2012 · Continuado Nos jardins de infância da cidade a crise também se faz notar, mas no fim de contas, o Natal é das crianças e a felicidade desta época festiva vai continuar a fazer sonhar os mais pequenos. |
São várias as instituições de solidariedade a assinalar a data |
21959 visitas Na Casa do Menino Jesus, um dos jardins-de-infância da Covilhã, falámos com a coordenadora pedagógica, Dr.ª Ana Margarida, que conta que a crise afetou a instituição, mas “de uma forma mais indireta”, e viram-se obrigados a recorrer a poupanças para assegurar o pagamento do subsídio de Natal às funcionárias da instituição. Desde sempre, “a escola tem sido económica, e procura ser racional no que concerne às despesas”. Isto é, as despesas têm sido alvo de um uso criterioso por parte da instituição, de forma a evitar desperdícios orçamentais. De tudo isto, o propósito é que não se notem “quaisquer diferenças em relação ao ano passado”. Afinal os cortes orçamentais não chegam para fazer empalidecer o Natal. No colégio das Doroteias planeia-se um Natal a celebrar por todos com alegria. As irmãs garantem que sabem bem gerir os recursos que têm. Nesta altura, e este ano mais do que nunca, tentam ao máximo proporcionar alegria às crianças e famílias. No colégio das Irmãs Doroteias, encontramos a Irmã Teresa Carneiro, de 68 anos, Presidente do Conselho de Administração que nos explicou como concebem o Natal: tempo do nascimento de Jesus Cristo, e de solidariedade. No entanto, neste tempo de crise, o Natal passa por “saber gerir os recursos que temos”, e tentar celebrar com as crianças “com alegria, e em conjunto com as famílias”. Segundo a Irmã Teresa, no colégio que dirige “ainda não se sente a crise no seu sentido literal”, pois não sentem acréscimo de despesas reais. Isto acontece “porque se faz muito reaproveitamento dos materiais, nomeadamente de roupas, trabalhos manuais do ano anterior, e conta-se muito com a colaboração dos pais das crianças, que ajudam em pequenos detalhes. Embora se gaste algum dinheiro em materiais consumíveis, como tintas e cola, o valor não chega a ser significativo”. Por outro lado, grande parte do material que vai ser usado nas festas está guardado em “stock”, facilitando a poupança. Nesta instituição “era hábito dar uma prenda, normalmente uma brincadeira, mas devido ao orçamento limitado este hábito deixou de ser praticado. Além disso, as crianças recebiam melhores presentes em casa e acabavam por não dar valor ao objeto”, explica. No Lar de S. José falámos com o Administrador, Francisco do Adro que nos explicou as modificações que ocorreram com o passar do tempo. Segundo ele, a tradição passava por um almoço de Natal para os colaboradores, corpos gerentes e convidados. Atualmente, o almoço foi substituído por um simples lanche oferecido aos residentes. Da mesma forma, a Instituição oferece presentes aos utentes (residentes e SAD), e ao longo do mês de Dezembro os residentes são brindados, duas a três vezes por semana, com atuações de diversos grupos musicais, como tunas ou música popular, por exemplo. |