Com o novo ano chegam também os aumentos nos mais diversos setores. Em 2012, a saúde também ficou mais cara, com o aumento das taxas moderadoras.
As taxas moderadoras duplicaram na maior parte dos casos e passaram a ser cobrados alguns serviços de saúde até agora gratuitos. Bombeiros e dadores de sangue, que anteriormente estavam isentos em todos os atos médicos, incluídos consultas e exame,s veem-se agora obrigados a pagar. Os bombeiros voluntários consideravam a isenção um dos poucos benefícios que obtinham do Estado, confirma Nelson Gomes, Bombeiro Voluntário do Fundão 5º secção: Três Povos.
De acordo com o ministério da tutela, um dos objetivos desta subida é moderar o acesso aos cuidados de saúde, mas os aumentos anteriores tiveram poucos efeitos. O único que mudou nas urgências foi o aumento das queixas e não a sua afluência, salienta Pedro Rato trabalhador das urgências do Centro Hospital da Cova da Beira. Os utentes com maiores rendimentos passam a pagar taxas superiores, o que leva a que cada vez mais estes recorram a subsistemas públicos de saúde e a seguros privados.
Apesar de o número de isentos poder vir aumentar em relação ao ano passado, o descontentamento é notório entre os utentes. Ana Belo considera que o aumento é “uma medida muito injusta e insuportável nos tempos em que se vive”. Embora o serviço de saúde tenha ficado mais caro, os preços dos medicamentos desceram, o que pode suavizar o impacto nas despesas de saúde.