Centro histórico salva património industrial
Livros de contas, balanços, amostras de tecidos e fotografias de empresários e funcionários, existe de tudo um pouco guardado no Museu de Lanifícios. Por entre um labirinto de papéis, de prateleiras, mora uma parte importante da história da Covilhã.
> Eduardo AlvesCerca de sete mil objectos compõem o acervo histórico do Centro de Documentação. Doações e aquisições foram dando vida a este espólio que agora é recuperado e tratado pelo museu. Elisa Pinheiro lembra que “muitas vezes não existe apenas alguma insensibilidade em relação a este património, mas também, uma certa desvalorização”. A responsável máxima pelo museu sublinha que o principal valor destas peças, o seu valor histórico, “é o de transmitir o nosso conhecimento aos vindouros”. A Covilhã e, de certa maneira, toda a região da Beira Interior, “teve uma cultura têxtil muito evoluída. Uma cultura que em determinados momentos se pode igualar àquilo que de melhor se fez em vários centros têxteis da Europa. Todo este espólio será uma pena muito grande não se conservar”, acrescenta.
Um trabalho que pretende sustentar o passado e dar orientação aos passos futuros. Neste lugar de sons e gestos adormecidos, o tempo vai desamarrando memórias e colocar à disposição de todos, informações para o futuro. Elisa Pinheiro lembra que “os museus são dos melhores instrumentos de desenvolvimento dos territórios onde estão implantados, se eles tiverem, de facto, um programa que representam um território onde se encontram, para terem autenticidade”. Parece ser esse o caso do Museu de Lanifícios.
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