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      Edição: 507 de 2009-10-06   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
A rede sem fios desenvolvida por Rui Costa pode vir a ser utilizada pelos membros da Protecção Civil

UBI liga serviços de Protecção Civil

Dentro de um ano, todos os serviços associados à Protecção Civil, às forças policiais e de socorro, na Cova da Beira, podem estar equipados com pontos de acesso a uma rede de Internet sem fios. O sistema foi desenvolvido por um técnico da UBI e está já a funcionar entre a Faculdade de Ciências da Saúde e os hospitais da região.

> Eduardo Alves

A rede de Internet sem fios que serve a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI pode agora vir a ser utilizada pelos membros das forças de socorro, pela polícia e também pela Protecção Civil da zona da Cova da Beira. O projecto contempla a instalação de uma rede sem fios de banda larga, com recurso à tecnologia WiMax, e que vai permitir a todos os elementos destas forças de segurança e socorro ter acesso à Internet, em qualquer lugar.
O projecto foi desenvolvido por Rui Costa, um dos responsáveis pela área informática da Universidade da Beira Interior, que é também o mentor da rede, com as mesmas características, que serve a Faculdade de Ciências da Saúde e os hospitais regionais onde os alunos ubianos estudam (Guarda, Covilhã e Castelo Branco). Este projecto surge como “um aproveitamento de todas as potencialidades este tipo de equipamentos”, começa por dizer o técnico da UBI. Numa primeira fase, o objectivo era o de satisfazer as necessidades de comunicações dentro da faculdade e também nos hospitais. Mas para além disso “começou então a desenhar-se um sistema em que fosse possível implementar uma rede capaz de cobrir toda a Cova da Beira e desta forma fornecer Internet a todos os agentes da Protecção Civil, nesta área”, Diz Rui Costa.
Este tipo de solução abre um vasto leque de novas potencialidades e também, de actuações das forças policias. “Estamos a falar num sistema capaz de fornecer internet a Bombeiros, Ambulâncias, Polícias e outras entidades. Desta forma, todos os veículos podem estar equipados com aparelhos de ligação à Internet e os seus operacionais podem também comunicar com as centrais através de comunicações móveis, totalmente integradas nesta rede”, acrescenta o responsável pelo sistema. Isto permite a que cada veículo das forças de segurança ou de socorro tenha a possibilidade de ter acesso à Internet e também de comunicar, desta forma, com as centrais. Como a largura de banda é grande, podem transmitir vídeos, ter ligações telefónicas e passar todo o tipo de sinais em qualquer ponto da Cova da Beira.
No caso em concreto “estamos perante a possibilidade, por exemplo, de uma ambulância poder estar a transportar um paciente de um determinado ponto, onde foi socorrido e nesse momento começar a fazer exames aos sinais vitais dessa pessoa ou outro tipo de análises, estando esses dados a ser transmitidos para o hospital onde uma outra equipa médica os está a analisar e a preparar-se para receber o paciente com melhor conhecimento do seu estado e dos procedimentos que devem ser feitos naquele caso concreto”, adianta Rui Costa. Mas há também a possibilidade das viaturas policiais patrulharem as suas áreas e terem acesso informático às suas bases de dados de uma forma mais rápida, para além de ser possível instalar câmaras de vídeo e fazer a transmissão, em directo, das imagens que estão a ser recolhidas.
A capacidade de todo este equipamento permite também pensar uma outra plataforma de apoio. “Com isto queremos lançar uma rede de cuidados continuados aos idosos, colocar à disposição das pessoas de mais idade a capacidade de ter uma forma de comunicação com as pessoas que as possam auxiliar em caso de necessidade”. Será também possível, numa fase mais adiantada do projecto “conseguir fazer exames médicos a partir de casa”, lembra ainda o informático que desenhou o sistema. Um apoio que pode também ser preparado para “alertar os médicos caso um determinado doente que esteja em sua casa, mas sob vigilância médica à distância, registe alterações nos seus sinais”.
Rui Costa garante que este é um projecto que está pensado para dentro de um ano estar no terreno. Faltam agora alguns apoios financeiros para a aquisição do equipamento, mais dispendioso do que as soluções normais, mas também mais prático, económico e sobretudo, mais fiável. A UBI vai agora concorrer a um programa comunitário que poderá financiar a aquisição de mais equipamentos e a instalação destes nas forças da Protecção Civil.


A rede sem fios desenvolvida por Rui Costa pode vir a ser utilizada pelos membros da Protecção Civil
A rede sem fios desenvolvida por Rui Costa pode vir a ser utilizada pelos membros da Protecção Civil


Data de publicação: 2009-10-06 00:01:00
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