João Queiroz está na UBI, praticamente desde que a instituição passou a ser Universidade. Natural da cidade da Guarda, aí fez todo o seu percurso escolar, até ingressar na Universidade de Coimbra. Na “cidade dos estudantes” licencia-se em Bioquímica, corria o ano de 1986, e é também nessa data que regressa à sua região natal para ficar na UBI. Ingressa na instituição como assistente estagiário. Foi então que, depois de encontrar as condições necessárias para os planos de investigação e ensino decide ficar na região que o viu nascer.
Há 23 anos na UBI, João Queiroz defende com toda a convicção “a Região Centro” em relação ao Litoral, região que tem as mesmas condições, mas na qual, ainda assim “as pessoas têm, por vezes, de se afirmar e provar algo mais que noutras zonas do País”.
Com 45 anos de idade, Queiroz tem já 23 dedicados à UBI e chega agora ao cargo mais alto da academia covilhanense. Duas décadas que para além do ensino também compreendem a investigação. Nesta matéria tem já várias dezenas de publicações e estudos referenciados na base de dados internacional ISI. Na UBI começa por leccionar as disciplinas de Química Geral e Química Orgânica. Depois disso concluiu um mestrado na área da Engenharia Química, feito em 1991, no Instituto Superior Técnico. Um mestrado onde ganhou uma outra perspectiva sobre a investigação, sobretudo na área da bioquímica e da biotecnologia que estava em grande desenvolvimento na altura. Uma fase, que segundo João Queiroz, marcou significativamente a sua actividade científica e a sua carreira. Passadas apenas algumas semanas, depois de concluído o mestrado, foi para França onde ficou durante alguns meses, já a desenvolver um novo projecto de investigação que iria estar relacionado com o seu doutoramento.
É também nesse ano que passa a professor assistente da UBI. Depois surge o doutoramento, já feito na Covilhã, e também o cargo de secretário do Conselho Científico. Abraçou a área da purificação de enzimas, campo de investigação que ainda hoje continua a ser a sua área de investigação predilecta. Depois passou também para a parte de purificação de proteínas terapêuticas, das vacinas, com aplicações na área das ciências biomédicas. Iniciou uma área de investigação que depois conseguiu afirmar, uma área quase exclusiva em Portugal num tipo específico de cromatografia de interacção hidrofóbica. Começou a publicar em revistas internacionais e a ser reconhecido.
No que respeita a cargos dentro da instituição, João Queiroz também já foi presidente do Departamento de Química e director do curso de Bioquímica. Em 2002 fica em primeiro lugar num concurso para professor associado e faz a sua agregação, na área da Bioquímica, nesse mesmo ano. Já em 2003 passa a professor catedrático. Pelo meio, é também pró-reitor para a área do Sucesso e Promoção do Sucesso Escolar. Depois passa a ser pró-reitor para a Saúde, cargo que o conduz até presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. Actualmente é também presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. Assume-se como um homem “organizado” e que gosta de “planear o tempo e as matérias” de que vai tratar.
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