COVILHÃ: Natal frio
A tradição Natalícia na Covilhã, ainda é o que era. Numa festa acolhedora e de família, com muito frio à mistura, é assim que se espera pelo Pai- Natal.
> Helena LeitãoO Natal da cidade da Covilhã chega logo no princípio do mês de Dezembro, com as iluminações de Natal e o típico presépio, este ano instalado nas escadas da Igreja da Misericórdia. A cidade, com as luzes e músicas de Natal que ecoam pela rua, ganha mais vida e alegria. Para as crianças há também o já conhecido carrossel bem como o Pai-Natal a dar bombons, um miminho da Câmara Municipal para os mais novos.
Com o frio que se faz sentir, as famílias passam o Natal no aconchego do lar. As batatas com bacalhau enchem o estômago na noite de consoada. Depois do jantar, são as filhós, bolo-rei, sonhos, rabanadas, arroz doce, pastéis de bacalhau, rissóis, polvo e outros aperitivos que dão cor à mesa que nunca fica vazia, porque segundo os mais antigos “durante a noite há sempre alguém que vem comer”.
Perto da meia-noite, os covilhanenses vão à Missa do Galo beijar os pés ao Menino Jesus, e só a partir desse momento, o menino é colocado na manjedoura. De volta a casa, os presentes são desembrulhados, o momento mais importante para as crianças.
Para terminar a noite de Consoada, as famílias deslocam-se para locais onde existam madeiros. Cada bairro, aldeia ou vila tem as suas tradições próprias, mas o objectivo é o mesmo: juntar os habitantes à volta da fogueira, entre assados e cantorias. Contam-se histórias e fala-se de gentes antigas.
Passada “a maior noite do ano”, o dia do nascimento do Menino Jesus é também passado em família. Ao almoço come-se o cabrito, pato, peru e roupa-velha. Depois das sobremesas, a mesa volta a ficar repleta de doces e salgados e a cabeça do leitão não pode faltar.
Para terminar o Natal da melhor forma, no dia 27 caiu neve no centro da cidade a Covilhã. As crianças viveram assim o espírito Natalício de outros tempos e é com entusiasmo que se espera pelo novo ano.
Com as Janeiras a serem cantadas de porta em porta, a tradição continua até 6 de Janeiro, Dia de Reis..
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