De camisola rosa vestida, com um alvo no meio, alusivo ao cancro que vitima anualmente em Portugal 1500 mulheres, as quatro deslocaram-se na manhã da passada quinta-feira, 30, à Faculdade de Ciências da Saúde, onde os estudantes de Medicina pretendiam assinalar o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama com um seminário sobre o tema. A iniciativa acabou por ser cancelada, por falta de adesão.
A participação foi uma das que têm feito para dar a conhecer o grupo, para que mais gente que passou pelo mesmo adira. Quando tiverem as condições necessárias tencionam acompanhar doentes com cancro, partilhar a sua experiência, e preocuparem-se com assuntos como uma maior facilidade no acesso a próteses. Mas o principal, realçam, é serem alguém com quem “desabafar”.
“Quando soube o mundo desabou sobre mim. A primeira coisa em que pensei foi na morte, não por medo de morrer, mas porque pensei nos meus filhos”. Conta Fátima Pires, que depois do choque inicial afastou esses pensamentos e focou-se na cura e em não desanimar.
Ver que a sobrevivência é o mais comum, ronda os 80 por cento, sobretudo se a doença for detectada atempadamente, é um dos exemplos que querem dar. “Enquanto vivermos temos de ter força para nós e para quem nos rodeia”, realça. É esse o seu projecto. “Por exemplo nós somos a terapia da Laura”, diz, a rir, Olga Batista, sobre a última das companheiras a quem o cancro da mama se atravessou no caminho.
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