A Latada, sinónimo da festa dos caloiros, realiza-se desde 1984. Num desfile cheio de cor, alegria e originalidade os caloiros, juntamente com os restantes alunos do curso, desfilam pelas ruas da cidade, desde a Rotunda do Rato (perto da UBI) até ao centro da cidade, Pelourinho.
Além de um desfile dos caloiros, trata-se também de um concurso entre os cursos da Universidade. São assim avaliados os carros (não motorizados), as roupas, os cartazes, as músicas, o barulho feito, e até a maneira como os “mais velhos” trajam. A ordem dos cursos é dada no dia do Baptismo, sendo que à frente da Latada vai o “homem do burro” e atrás deste o curso vencedor da latada anterior. Os cursos depois são organizados e o funcionamento é igual para todos, a faixa com o nome do curso, os trajados, o carro e finalmente os caloiros.
Nas ruas aglomeram-se as pessoas que fazem questão de assistir, quer da terra, quer visitantes, que vêm assistir ao desfile dos seus filhos, familiares, amigos. Vítor Gaspar, residente da Covilhã, tem todo gosto em confirmar que “os estudantes alegram esta cidade. A Covilhã, se não fosse os estudantes era um “seminário”. A Latada é digna de ser ver. Desde que as praxes sejam dentro da norma fazem todo o sentido. Isto é para continuar”. Ao longo do desfile encontram-se também trajados doutras universidades. “Vim cá porque tenho aqui muitos amigos. (A latada) é um bocado diferente da nossa, mas pelo que estou a ver é fixe. Aqui a união é diferente. Pelo que já me falaram aqui as pessoas conhecem-se mais, ao contrário do Porto, que a cidade é muito grande”, salienta Luís Miguel, aluno trajado do ISEP. Nas ruas encontram-se também muitos pais de caloiros, que, envergonhados, dizem que fazem todo o gosto em vir à Covilhã ver a latada dos seus filhos, e, como um casal de Aveiro declara, “afinal das contas viemos ver a nossa filha, que passou este tempo todo a trabalhar para isto”.
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