A nova Goldra

Está terminada uma das mais profundas intervenções urbanísticas que a Covilhã sofreu nos últimos tempos. Ao longo de uma parte significativa da Ribeira da Goldra nasceu agora um novo espaço de lazer que, dentro em breve deverá estar à disposição dos utentes. O Urbi dá-lhe a conhecer o novo espaço.

Da estreita vereda que ligava a Real Fábrica Veiga, à ponte Mártir-in-Colo, já não há qualquer sinal. O antigo edifício, mandado erguer no tempo do Marquês de Pombal transformou-se agora em mais núcleo do Museu dos Lanifícios e dentro em breve será uma das portas do novo Parque da Goldra.
O vale da Goldra sofreu uma das mais profundas intervenções urbanísticas dos últimos tempos. Ao longo de mais de seis hectares nasceu agora um espaço de lazer destinado a públicos diferenciados e com diversas utilizações.
Da estreita vereda, como se disse anteriormente, nasceu a Avenida do Biribau. Uma nova via de ligação que ladeia, na totalidade, uma das partes do novo espaço. Por agora uma das partes terá apenas circulação pedonal, enquanto que outra servirá também de zona de estacionamento. Na fase seguinte, a autarquia covilhanense, promotora do espaço, tem outros destinos.
Esta é também a última das obras a ser executada na Covilhã, no âmbito do Programa Pólis. A longa história da construção deste parque tem os seus primeiros episódios no mês de Julho de 2005. Passados três anos, os trabalhos estão terminados e com eles encerra também a PolisCovilhã, Sociedade para o Desenvolvimento do Programa Pólis na Covilhã, SA.
João Esgalhado, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã e vereador responsável pelo Urbanismo, explica a tipologia daquela que será a maior área de lazer da Covilhã. Segundo o autarca, o Parque da Goldra “e um parque diferenciado, composto por zonas específicas e diferenciadas para vários perfis etários”. Ao longo dos seis hectares estão instados diversos dois grandes espelhos de água e outros tantos anfiteatros naturais. Mas também é possível encontrarem-se zonas de lazer dedicadas às crianças e percursos pedestres. Esgalhado adianta que os utilizadores “para além dos espaços mais sossegados, vão também ter zonas para desportos radicais, mais viradas para a juventude, com paredes de escalada, campos de basquetebol e tem depois toda uma panóplia de circuitos pedonais que estão definidos junto à ribeira”. O parque vai ainda ser servido por dois bares que estão instalados em zonas verdes perto do curso de água.
Esgalhado, também responsável pela PolisCovilhã lembra que “aquele era um espaço que estava descaracterizado, com alguns edifícios abandonados e com território que servia de depósito para todo o tipo de detritos e era um espaço degradado no coração da cidade”. Depois da requalificação, o vice-presidente da autarquia serrana adiantou ao Urbi que existem ainda alguns planos por concluir, nomeadamente “a criação de vários edifícios junto à Rua José Ramalho, com uma arquitectura mais cuidada do que os actuais e que vão fazer a atracção de vista”. Mesmo no cimo da Calçada Alta vai também nascer um edifício “com muitas zonas vidradas e que fará a ligação do parque à Rua Marquês D’Ávila e Bolama através de um elevador panorâmico”. Esse edifício vai também ter, ao nível da cota da Marquês D’Ávila e Bolama, “um restaurante panorâmico, com vista para o próprio parque e para o próprio vale e servirá de espaço público de atravessamento”. Projectos que fazem parte do Plano de Mobilidade da Covilhã, que o Urbi dará conta na próxima edição, de forma mais detalha, mas que, por enquanto, ainda não têm qualquer data de início. Quanto ao Parque da Goldra, parece também ainda não estar agendado a sua abertura oficial ao público.

> jfonseca @ ubi . pt em 2008-10-07 10:59:40
Poderia ter interesse para a cidade a divulgação do projecto e a construção da ponte de peões concebida e projectada pelo Grupo de Estruturas de Engenharia Civil da UBI, que pela sua inovação, leveza e baixo custo poderiam constituir um forte atractivo para a cidade e para a Universidade.

> carrilho @ ubi . pt em 2008-10-07 10:59:42
Ao ler a vossa notícia sobre o parque da Ribeira da Goldra não vi nada escrito sobre o aproveitamento real do espaço para as pessoas. Siginifica isto que na nossa era o betão está por todo o lado e continuamos a falar sobre nais construções e pouco sobre a efectiva utilização desses espaços. No que diz rerspeito à zona da Ribeira da Goldra vejo que há um potencial de aproveitamento deste equipamento urbano e público. A componente cultural deve ser um must (teatro, cinema, representações humanas, exposições, animação e outras). A componente científico-tecnológica também deve estar presente em colóquios e outras intervenções, aulas ao ar livree de interesse do público e dos estudantes das escolas. Há muitas coisas mais que em outros países com climas menos amenos são feitas com grande sucesso. Está dado o mote para uma programação compat´vel. Luis Carrilho