Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 424 de 2008-03-11 |
A Reditus, empresa do ramo das tecnologias de informação, vai instalar-se em Castelo Branco, prevendo-se a criação de 350 postos de trabalho. A Portugal Telecom abriu naquela cidade um call center que criou cerca de 200 empregos e está para breve a abertura de outra estrutura deste género para a Segurança Social. A médio prazo entrará em laboração a fábrica da multinacional automóvel belga Levicor, um investimento de 500 milhões de euros que criará na cidade mais mil novos postos de trabalho. Tudo somado, Castelo Branco consegue mais de 1500 empregos num curto espaço de tempo, e não incluo aqui o Fórum Castelo Branco, com mil postos de trabalho directos e outros dois mil indirectos.
Entretanto o que se passa no lado de cá da Gardunha?
A Câmara do Fundão anunciou uma ampliação do parque industrial para instalar novas empresas, pois a procura é enorme. Na verdade, para além das unidades que saíram da cidade para a zona industrial, contam-se pelos dedos de uma mão as empresas que criaram novos empregos.
Na Covilhã o panorama é semelhante: fala-se na falta de lotes no Parque Industrial do Tortosendo e na urgente necessidade de expropriar terrenos para aumentar a área disponível, no entanto uma simples visita ao parque permite constatar que existem vários lotes disponíveis. Aliás, basta olhar para o exemplo da PT em Castelo Branco - instalada nos antigos edifícios da EPAC - para se perceber que qualquer fábrica devoluta, coisa que não falta na Covilhã, podia acolher um call center ou outro tipo de investimento. Da falta de espaços estamos falados.
Outro problema podia ser a falta de mão-de-obra qualificada, mas como se pode constatar no destaque desta semana, a UBI continua a formar gente e a ser procurada por empresas nacionais e estrangeiras. Também as escolas profissionais e tecnológicas existentes na zona preparam técnicos nas mais diversas especialidades.
Ora, se os incentivos à instalação de empresas são iguais e se a mão-de-obra qualificada existe em maior quantidade na zona norte, por que razão as empresas se instalam na zona sul? A resposta só pode ser uma: o bom trabalho da câmara albicastrense. Nesta, como noutras situações, é preciso ter a humildade de aprender com quem sabe.
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