Voltar à Página da edicao n. 416 de 2008-01-15
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"A associação dá sangue novo à UBI"

Eleito num dos mais concorridos actos, Luís Fernandes é o novo presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Na sua primeira grande entrevista adianta as propostas, os objectivos e as principais alterações que vão marcar o próximo ano na "casa azul".

> Eduardo Alves

Urbi@Orbi – Durante a campanha e na tomada de posse disse que muita coisa tem de mudar. Em concreto, o que é que vai ficar diferente na "Casa Azul"?Luís Fernandes – [Ouvir resposta] Pretendemos fazer algumas mudanças, sobretudo, no sentido de dar uma maior visibilidade a esta estrutura e aos serviços que nós disponibilizamos como é o caso da papelaria e da biblioteca. Vamos tentar dimensioná-los e projectá-los de uma outra forma para que os alunos da instituição possam usufruir destes mesmos serviços.

Urbi@Orbi – Uma das grandes ideias da Lista K, presidida pelo Luís, passava por elevar a academia e levar esta associação aos estudantes. Agora que é presidente como pensar fazer isso?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] De muitas formas. Na parte pedagógica, o Tratado de Bolonha e esta situação do RJIES leva a que a nossa pretensão seja a de ter um olhar atento a esta área. Muitas vezes estamos um pouco limitados, porque também dependemos do que vem da instituição máxima que é o Estado e da própria Universidade.
Mas parte também da associação de estudantes, visto ser uma associação de jovens, dar alguma ajuda à UBI a ter uma maior visibilidade lá fora. Queremos promover a Universidade porque aí vamos estará a promover o aluno ubiano. Esta promoção passa também pela realização de projectos, eventos, workshop’s e formações que podemos conciliar juntamente com os cursos que são leccionados na UBI. Temos também de tentar criar sinergias entre os cursos, projectos multidisciplinares, dimensioná-los e projectá-los externamente à universidade. Para além disso seria interessante tentar elaborar projectos, não só com os politécnicos que nos são próximos mas também com universidades e associações de outros países. Isto para que a divulgação tenha um alcance maior do que Portugal. Aproveitando a “prata da casa” que temos aqui que acho ser muito boa, acredito que conseguimos. Vai dar trabalho, mas é para isso que aqui estamos.

Urbi@Orbi – Falou precisamente nas mudanças que estão a ser introduzidas no Ensino Superior, sobretudo com a implementação do RJIES. Os estudantes têm alertado para a falta de representação que vão ter, isso também o preocupa?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] O facto do RJIES suplantar a não-representatividade ou a menor representatividade por parte dos alunos seria muito mau. Uma associação de estudantes, para além de defender o aluno, e os seus direitos, também tem um papel importante em termos culturais, desportivos e outros, faz bastante pela Universidade, a associação dá sangue novo à UBI.

Urbi@Orbi – No seu programa de actividades, os núcleos ganham destaque e o Luís Fernandes garantiu o apoio a todas as actividades que tragam contributos positivos para os estudantes. É uma ideia que é para avançar?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] Iremos apoiar todas as actividades que de alguma forma tragam um bom contributo para os cursos e para os alunos. Vamos tentar sinergias com eles através de vários eventos, por nós organizados, mas vamos solicitar a cooperação dos núcleos para essas mesmas actividades que julgo serem do interesse de todos, até porque basta cooperarem connosco em termos logísticos e de recursos humanos. Desta forma penso que conseguiremos enaltecer os nossos projectos muito melhor.

Urbi@Orbi – Mas a ideia também passa por apoiar projectos dos próprios núcleos, ou não?
Luis Fernandes –
[Ouvir resposta] Com toda a certeza. Os projectos dos próprios núcleos também vão ter o apoio devido de acordo com o valor acrescentado que estes possam trazer para os cursos.

Urbi@Orbi – Esse é um sinal de que a AAUBI tem dinheiro, tem as contas em dia? Como é que estão afinal?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] Poderei agradecer à anterior direcção, da qual eu também fiz parte, o bom trabalho que fizeram. Fomos muito criticados na altura porque se calhar não trouxemos festas e Semanas Académicas tão prometedoras, mas em alturas de “apertar o cinto” teríamos de pensar primeiro numa contenção de custos para que pudéssemos deixar uma boa situação financeira para as futuras direcções. É isso que agora também pretendemos fazer, deixar uma boa casa, uma ainda melhor do que a que está.
Falta-nos pagar algumas dívidas, mas quando terminarmos o nosso mandato vamos querer deixar as contas ainda melhor do que as que estão.

Urbi@Orbi – Tem já conhecimento do montante exacto dessas dívidas?
Luís Fernandes –
[Ouvir resposta] Neste momento existe uma dívida à Portugal Telecom, de maior vulto e depois há também outras pequenas dívidas que rondam sensivelmente os seis mil euros, no total.

Neste momento não teremos de apertar tanto o cinto

Não aceito que os alunos de mestrado não possam exercer o seu voto

Não vamos concessionar a Recepção ao Caloiro

Perfil de Luís Fernandes



"Pretendemos dar uma maior visibilidade a esta estrutura"


Data de publicação: 2008-01-15 00:00:00
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