Grupo de Voluntários continua a ajudar

Começaram por ser o Centro Alcoólicos Recuperados da Cova da Beira fundada em Maio de 2000, mas devido à falta de apoios tanto da Segurança Social como das autarquias, que consideram o alcoolismo uma doença e não um problema social, esta entidade extinguiu-se.
Hoje, são o Grupo de Voluntariado de Alcoologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira "porque, os médicos da nossa região estiveram atentos, foram eles que nos continuaram a apoiar, sabendo que o alcoolismo é um problema social gravíssimo de saúde pública que pode levar à morte", afirma José Amarelo. Existe uma unidade de tratamento de alcoologia na região sedeada no Fundão, havendo consultas todas as quartas feiras no Centro de Saúde da Covilhã, Fundão e, em Belmonte vão ser reiniciadas. Desta forma, as famílias são mais bem apoiadas a nível regional, sendo este o único grupo a nível nacional que pode dizer que tem tratamento de alcoologia local.
De acordo com o responsável "o nosso grande apoio são os centros de saúde e o hospital, mas quem devia estar do nosso lado não está. Já quase nos deixámos de preocupar com isso, o trabalho está a ser feito e o voluntariado é muito forte". Começaram por ser cerca de vinte elementos e hoje são à volta de oitocentos, nem todos são alcoólicos em fase de recuperação, alguns deles são amigos ou familiares dos mesmos, "basta ter um bom coração e ser solidário com os outros" refere.
Ajudar a tratar aqueles que estão doentes, tirá-los desse fosso, combater a pobreza com vestuário, alimentos e mobiliários, e ainda apoiar no combate à prevenção, são alguns dos objectivos deste agregado.
"Em 2008, iremos apostar novamente na prevenção, fazer colóquios e sessões de esclarecimento na comunidade e nas escolas", refere o representante. O álcool é um problema sobretudo entre na camada jovem mas também da terceira idade, e este movimento pretende mostrar-lhes os problemas e malefícios alienados à bebida.
Este voluntariado está também preocupado com a reinserção social. Vão para o terreno com os recuperados para procurar emprego e "por incrível que pareça não temos ninguém desempregado", diz o representante.
Tudo começou com a recuperação de José Amarelo e, sete anos depois de fundado o centro, "o balanço é positivo, valeu a pena e valerá", conclui o mesmo.

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