Voltar à Página da edicao n. 409 de 2007-11-27
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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Mário Raposo está na UBI desde o começo da instituição

“Uma visão moderna de universidade”

Mário Raposo tem sido a imagem do empreendedorimo na UBI. Está na instituição desde a criação do ensino superior na Covilhã e fez parte da primeira Assembleia Estatutária da UBI. Agora apresenta a sua candidatura à reitoria da instituição.

> Eduardo Alves

Mário Lino Barata Raposo é professor catedrático do Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior. Está na instituição desde o Instituto Politécnico da Beira Interior que em 1986 passou a universidade.
Tempo suficiente para lhe dar a noção global da instituição e conhecer, por dentro, o funcionamento da mesma. Tempo suficiente para “saber que não vai haver eleições, até porque o RJIES é omisso nessa matéria e foram pedidos alguns pareceres pelo CRUP a especialistas na matéria e todos apontam para que se as instituições não pretenderem fazer eleições, não fazem. E nesse sentido, a maioria do Senado da UBI pronunciou-se para a não realização de eleições”.
Contudo, a sua actual candidatura a reitor, apareceu porque “houve alguém que se assumiu como candidato, caso houvesse eleições”. Nessa perspectiva, “a minha intervenção no último Senado, foi no sentido de que poderia haver 14 candidatos, mas não havendo 14, nem 13, nem 12, dois haveria de certeza absoluta. E daí que a minha intenção seja a de, caso se realizem eleições, esta não contem apenas com um único candidato. Até porque estamos em democracia e neste cenário até é positivo que existam dois ou três candidatos. Isto porque, deve existir um debate interno sobre as ideias que as pessoas defendem e qual deve ser o futuro da universidade”. Depois de toda a explicação, o vice-reitor diz estar convencido “de que não se vão realizar, para já, as eleições. Isto porque, o RJIES não obriga a isso”.
Para já, Raposo prevê “a eleição normal da Comissão Estatutária, e as eleições devem ser depois feitas já com os novos parâmetros que vão sair desta assembleia estatutária”.
Nesta fase considero fundamental que o processo de transição seja coordenado e conduzido pelo actual reitor Santos Silva, que tem feito uma obra notável ao longo do período em que está à frente dos destinos da UBI. Raposo acrescenta, ainda assim, de forma a consolidar a sua candidatura que “em qualquer altura, se eu entender que as pessoas, tal como agora, exigem novamente a minha presença manifestarei, nessa altura, o meu interesse. Porque acima de tudo, coloco os interesses da UBI acima dos meus interesses e entendo que é positivo para a instituição a existência de várias candidaturas. É importante que existam várias pessoas com ideias diferentes e cada um coloque em discussão, no universo que é a universidade e também na sociedade civil, quais são as suas ideias e depois será o Conselho Geral a decidir o modelo que pretende para a universidade, de acordo com as ideias que os candidatos apresentarem”. Por estas mesmas razões “entendi que nesta altura deveria haver mais que um candidato, para que se possa produzir um debate de ideias”.
De entre as muitas linhas de acção, o vice-reitor adianta que as suas convicções “vão no sentido de manter e melhorar um modelo de universidade onde se preste, para além de um ensino de qualidade e de uma investigação de excelência, um conjunto de serviços à comunidade, às empresas e à região, a minha visão da universidade tem a ver com isso. O meu trabalho aqui dentro espelha um pouco essa faceta, e desde sempre, o meu papel tem caminhado no sentido de criar pontes entre a universidade e o exterior. Um objectivo que está a ser conseguido, sobretudo, através de alguns gabinetes criados por minha iniciativa. E esta é uma visão moderna da universidade e tem de ser esta visão para o futuro”. Partilha também a opinião de que “o ensino superior atravessa grandes desafios, neste momento, em Portugal, pelas novas exigências que lhe são colocadas, a vários níveis. Por um lado, esta necessidade de melhorar a qualidade de ensino e investigação e a ligação ao exterior, por outro lado há também que pensar nos constrangimentos orçamentais que estão a ser impostos pelo governo.
A universidade terá de encontrar o seu caminho
, na perspectiva de que perante os constrangimentos, terá de encontrar financiamentos alternativos e esses só podem vir do exterior, dos projectos comunitários, da prestação de serviço às empresas, da melhoria da qualidade de ensino e de toda a imagem da universidade”. Nesta matéria, o antigo presidente do Departamento de Gestão e Economia lembra que “a instituição desde sempre passou por tempos difíceis e soube sair bem. Recordo que fiz parte da primeira Assembleia Estatutária da universidade, estive sempre ligado à instituição, desde a passagem de Instituto Universitário até à Universidade da Beira Interior e em todas essas fases estive envolvido nos órgãos para fui eleito e dei a minha contribuição para o futuro, o objectivo é continuar essa função e daí a noção de que tenha algum sentido, dar mais um bom contributo a esta universidade”.
Mário Raposo mostra, dentro de todos os cenários possíveis, abertura para a mudança. De tal forma que “numa fase de alteração da actual legislação, em que se prevê a adequação dos estatutos da universidade a uma nova legislação, o decorrer de um acto eleitoral pelo método antigo, não é bom. E entendo que qualquer candidato que o faça, se tiver de haver eleições, deve candidatar-se apenas até à assembleia estatutária estar eleita. Deve depois demitir-se e submeter-se novamente a eleições, de acordo com as novas regras que a Assembleia Estatutária irá definir. Porque se o não fizer é estar a assumir uma posição contrária aos desejos da universidade no futuro”, adianta, confessando ainda que essa será a sua posição.

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Mário Raposo está na UBI desde o começo da instituição
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Data de publicação: 2007-11-27 00:00:00
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