Voltar à Página da edicao n. 397 de 2007-09-11
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Escola Quinta das Palmeiras assina acordo de autonomia

A Escola EB Quinta das Palmeiras é a primeira insituição de ensino da região a assinar um contrato de autonomia com o Ministério da Educação (ME). O contrato permite à escola definir de forma autónoma os métodos de ensino sem interferência do Ministério da Educação vai ainda possibilitar a criacção de um Centro Tecnológico.

> Ricardo Morais

A Escola Quinta das Palmeiras, na Covilhã, assina este mês um contrato de autonomia com o Ministério da Educação válido para os próximos quatro anos. Este contrato, proposto pelo ME, surge na sequência da classificação obtida pela escola no ano passado: Muito Bom em todos os itens da avaliação externa).
João Paulo Mineiro, o presidente do Conselho Executivo daquele estabelecimento de ensino, afirma que o contrato vai permitir que a escola tenha um maior desenvolvimento e aproveitamento. "O Ministério propôs-nos assinar este acordo de autonomia, o que para nós, representa um grande passo para o futuro da escola e do ensino na região".
Por outro lado, o contrato vai permitir que a escola defina de forma autónoma os métodos de ensino sem interferência do Ministério da Educação. Por exemplo, as metas a alcançar pelos alunos são definidas periodicamente e os discentes são livres de seguirem as vias que entenderem para as concretizar no tempo definido, tendo liberdade para, por exemplo, requisitar qualquer professor para tirar dúvidas que um outro não soube dissipar. Desta forma os alunos são também incentivados a participarem em jogos que versem as matérias leccionadas, ao mesmo tempo que é incentivada a pesquisa e investigação.
João Paulo Mineiro espera ainda conseguir, com este contrato, diminuir o insucesso escolar. "Até 2011 queremos aumentar ainda mais o sucesso escolar e combater o absentismo", afirmou aquele responsável, aludindo ao projecto educativo da escola que assenta essencialmente nas novas tecnologias. Segundo o presidente do Conselho Executivo, a taxa de sucesso escolar, superior à média nacional, situa-se nos 89 por cento num universo de quase 800 alunos do sétimo ao décimo-segundo ano.
Este contrato de autonomia prevê ainda a criacção de um Centro Tecnológico que funcionará como cérebro da escola, onde será instalado equipamento informático oferecido pela PT no âmbito do projecto "Escola do Futuro", realizado no último ano lectivo, e que premiou dez estabelecimentos de ensino em todo o País. "Este centro é um projecto inovador que tem como objectivo impulsionar o sucesso educativo dos alunos com a utilização das novas tecnologias". "O nosso propósito é integrar os alunos e os professores no uso pleno destas ferramentas na sala de aula", referiu.
O Centro Tecnológico que para além de vir a ser usado pelos alunos e professores vai ter também uma área de investigação dirigida a alunos com deficiências. "Vamos trabalhar com alunos portadores de deficiência, este centro vai servir também para investigar e criar materiais pedagógicos que não existem no mercado e assim ajudar na aprendizagem destes jovens", explicou João Paulo Mineiro. "Uma das apostas vai ser a elaboração de software, para quem tenha uma deficiência auditiva, através da criacção de materiais pedagógicos em que a visualização seja fundamental", exemplificou. O director do Conselho Executivo disse ainda que este centro de investigação vai debruçar-se também sobre deficiências motoras e paralisia cerebral.
O contrato de autonomia vai ainda permitir que a escola tenha mais autonomia para gerir os recursos humanos, docentes e não docentes, na sequência de um processo de transferência de poder de decisão para os conselhos executivos, que visa a desburocratização da gestão dos estabelecimentos de ensino.

 

 






Data de publicação: 2007-09-11 00:00:06
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