Proença de Carvalho fala de um “Portugal Moderno”

O advogado falou de privatizações no sector público, “a melhor forma de optimizar a administração pública”. E apresentou exemplos que, a seu ver, provam que a baixa de impostos se traduzirá num maior crescimento económico.

Daniel Proença de Carvalho passou pela Covilhã, onde iniciou as conferências sobre “Portugal Moderno: uma Visão Política”. O ciclo é promovido pela Câmara Municipal, e vem no seguimento de um outro, há seis anos. Na noite de 3 de Outubro, Proença de Carvalho fez uma “radiografia” ao país, e apontou as privatizações como caminho para o crescimento.

“Os impostos continuam a crescer, exigindo cada vez mais das empresas e dos cidadãos”, apontou o convidado. Proença de Carvalho acredita que a elevada fiscalidade bloqueia o desenvolvimento económico, pelo que é o próprio Estado a dificultar a missão dos privados. Comparando os exemplos de Estados Unidos, Europa e Japão, e depois Espanha e Portugal, o advogado explicou que o desenvolvimento foi maior nos primeiros e menos no Japão e em Portugal, onde os impostos são maiores e as contas públicas estão mais desgovernadas.

A privatização de alguns serviços, como as finanças, dificultaria a fuga dos particulares e optimizaria os serviços. Legislação laboral, despesa pública, saúde, educação e justiça são, por isso, áreas capitais, “em que Portugal precisa de reformas urgentes e sem as quais não passará da estagnação para o desenvolvimento.

Para o futuro vincou a esperança que tem nas novas gerações, “mais dispostas ao risco e sem preconceitos”. Factos que podem ser impulsionados pelos progressos tecnológicos e pela circulação da informação, que encontram o seu expoente máximo na Internet.

> stephanedoliveira @ hotmail . com em 2007-09-06 14:39:24
Se vendermos a burocratização admnistrativa estatal é o fim do mundo como o conhecemos e bem podemos despedir-nos de vez desse conceito mirabolante que é a democracia. Outurgar uma função tão importante como a gerência e a tutela do bem público a um grupo de ricos privados é estimular a oligarquia e vender o controlo soberano do estado. Enfim, é o touché final da burguesia egoísta direitista sobre os conceitos originais também por eles falsamente promovidos de igualdade, fraternidade e liberdade. O mundo é um marasmo de aparências... hoje em dia é mais importante fazer parecer do que ser. Vivemos num mundo de enganos, camuflagens minucuiosas, tácticas demagogas e marketistas, e quais cavalos insistimos em só olhar para a frente sem ver o que está À nossa volta. No fundo passa-se a ideia, tanto no governo, como na oposição de que se quer o bem comum e a solidariedade do estado, quando na verdade não passamos de marionetas de um conjunto de lobbies representadas por políticos com ímpetos megalomaníacos.Não é preciso ser Marx para perceber que temos de trabalhar, quase como escravos para obter aquilo que nos seria legítimo por lei natural. A constante burocratização da função pública e a sua transferÊncia para meios privados e não passam de uma camuflagem e um método, chamem-lhe científico ou não, de aumentar cada vez mais os lucros dos poderosos. Por mais que digam que só os poderosos podem levar a evolução tecnológica em diante, este não é o factor mais fulcral na humanidade do homem, vejamos a poluição essa mesma tecnologia que tem causado... Países como Cuba onde o Status Quo é praticamente inexistente, pelo menos a nível económico, as pessoas vivem bem mais felizes e sem preocupações. Mas pronto, viva o dinheiro, a era do papel, do stress, das moedinhas, que nos dão o direitinho de comprar as coisinhas que os grandes patrõezinhos através de manobras dissimuladas de cariz matemático e burocrático nos roubam dso bolsinhos. Peço-vos que dividam o cálculo do PIB mundial pelo número total de pessoas no mundo, e os recursos naturais, deam uma espreitadela à África, à Àsia oriental... Para onde foram os recursos do planeta? Sim, esses mesmos senhores de fatinho que estão a pensar...