Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 396 de 2007-09-04 |
Estacionamento à borla não resolve todos os problemas
Apesar de exultarem a medida, os comerciantes da Rua Direita acreditam que ainda há muita coisa por fazer em benefício do comércio tradicional e "desafiaram" a autarquia a mudar os parquímetros para a zona do Serra Shopping
> Notícias da Covilhã"Foi a melhor medida que podiam ter feito. As pessoasparam e não abusam do tempo do estacionamento". Estas são as palavras de Ana Maria Gabinete, comerciante desde há muitos anos na tradicional Rua Direita. Convencida de que "esta medida é muito positiva", a proprietária das sapatarias com o seu apelido,acredita que "15 minutos são suficientes e esta decisão acaba por dar mais movimento à parte de cima da cidade".
Contundo, e no que se refere ao repto lançado pelo presidente da autarquia covilhanense, que desafiara os comerciantes a oferecer aos clientes o estacionamento nos silos ou nas zonas com parquímetros, oslojistas acreditam que o comércio tradicional atravessa uma fase difícil, pelo que os custos desta medida acabar-se-iam por revelar incomportáveis coma actual conjuntura económica. "O estacionamento na parte nova da cidade é gratuito. Aqui não o é e neste momento é esta zona que necessita de mais atractividade, pelo que têm de tirar os parquímetros do Jardim Público e pô-los lá em baixo", sublinha João Morais, funcionário da loja Camolino de Walt. Assim, e apesar de considerarem a retirada dos "pinocos" e a autorização do estacionamento durante 15 minutos como uma "medida positiva", os comerciantes reiteram que "há outras coisas por fazer se querem salvar o comércio tradicional".
Relativamente à mudança da esquadra da PSP para a zona novada cidade, lojistas e moradores afirmam "começar a sentir a diferença" e reclamam por mais policiamento, sobretudo à noite. "Nos últimos tempos esta zona tem sido muito martirizada por assaltos e isso acontece porque de noite não se vê um único polícia por estas bandas", destaca Elsa Morais. A recém proprietária da loja Artimala - Casa das Malas, salienta, ainda, que "os comerciantes da Rua Direita têm de ser mais unidos", uma vez que só assim podem resistir à concorrência do Serra Shopping. "Em primeiro lugar os comerciantes têm de se entender, mas o Presidente Carlos Pinto também não se pode esquecer que não existe apenas Jardim do Lago na Covilhã. O Jardim Público necessita, igualmente, de atracções pelo que as festas deveriam ser repartidas para atrair mais gente cá acima", refere.
Todavia e apesar de apontarem algumas medidas que, segundo os lojistas, revelar-se-iam "importantes", como a diminuição das lojas "asiáticas", os comerciantes continuam a queixar-se do mesmo, isto é, "falta de dinheiro para compras, mas apenas para alguns".
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