Voltar à Página da edicao n. 396 de 2007-09-04
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Condições atmosféricas vão reduzir a produção de uva

Condições Atmosféricas reduzem produção de uva na Cova da Beira

A produção de uva cai para metade na Cova da Beira. As adegas da Covilhã e do Fundão esperam quebras de 50 por cento na produção de uva, devido às doenças e condições atmosféricas adversas. Os stocks devem permitir, no entanto, responder às necessidades do mercado.

> Ricardo Morais

As condições atmosféricas devem reduzir as entregas nas adegas da Covilhã e do Fundão. A Adega Cooperativa da Covilhã deverá enfrentar uma quebra de produção na ordem dos 50 por cento.
O presidente da direcção da cooperativa, Bidarra Andrade, estima que sejam entregues cerca de dois milhões de quilos de uva. Segundo o responsável da adega, "a quebra de produção não afectará o normal funcionamento da adega, porque temos um stock de três milhões de litros para abastecer o mercado".
A preocupação daquele responsável está agora centrada nos próximos anos: "Vamos ver se as produções das próximas campanhas darão para repor os stocks e compensar a quebra deste ano".
Na Adega Cooperativa do Fundão a situação é semelhante com Albertino Nunes, o presidente da direcção da adega, a prever uma produção de dois milhões de quilos que, a verificar-se, corresponderá também a 50 por cento da produção de uva que entrou na adega na última época, estimada em quatro milhões de quilos. O responsável da adega fundanense também não está preocupado com o mercado uma vez que existem stocks suficientes.
A quebra de produção fica a dever-se à variação das condições climatéricas durante o Verão, mas, sublinhou Albertino Nunes, "sobretudo aos ataque do míldio e do oídio que arrasaram as vinhas". Aquele responsável adiantou ser necessário recuar 20 anos para encontrar um ano em que as vinhas tenham sido tão afectadas por doenças. "Em 1988 houve um ataque de míldio e oídio tão grave como o deste ano", admitindo que os dois milhões de quilos de uva que irão entrar na adega colocam o ano de 2007 como o segundo pior da última década.
No entanto, Albertino Nunes acredita que a quebra da produção de vinho na Beira Interior por causa da instabilidade da condições climatéricas deste Verão não deverá afectar a sua qualidade.
A quebra de produção deverá originar um aumento do preço do vinho ao consumidor final, admitiram Albertino Nunes e Bidarra Andrade, sublinhando, porém, que isso depende da quantidade de vinho estrangeiro que entre em Portugal originário da Argentina e de Espanha.


Condições atmosféricas vão reduzir a produção de uva
Condições atmosféricas vão reduzir a produção de uva


Data de publicação: 2007-09-04 00:00:08
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