Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 384 de 2007-06-12 |
Do desporto ao fashion, não há ninguém a quem a moda passe ao lado. Os estilos são diferentes, mas têm um ponto em comum: o de estar confortável e bonito com a roupa que se usa. O desejo constante de se sentir atraente, faz com que as pessoas dêem muita importância ao que vestem, e resulta na procura constante, tanto de roupa, como de corte de cabelo, ou acessórios.
Mas o que é afinal estar na moda? Madalena Pereira, docente do departamento de têxtil, considera que cada pessoa tem um conceito diferente de moda. “Os jovens são muitas vezes influenciados pelos seus ídolos, pelos colegas da escola, pela televisão”, procuram peças de roupa com que se identifiquem, mas que de alguma forma se diferenciem da massificação e do que é comum. “Para mim estar na moda não é propriamente seguir uma tendência, mas sim estar bem com a roupa que me veste”, afirmou Rui Lopes. O estudante considera que ao estar sempre a comprar roupa, acaba por se estar a acompanhar as novas tendências, mas não concorda que isso seja estar na moda.
As pessoas estão em constante mudança e evolução e os seus gostos também vão mudando e evoluindo, “hoje gosto desta camisa amanhã vou achar que já gosto de outra”.
“Estar na moda consiste, essencialmente, em as pessoas sentirem-se bem com elas próprias”, defende Madalena Pereira, para quem, acima de tudo, «devemos sentir-nos confortáveis». Segundo a docente, “a moda é um negócio que factura milhões”, as ruas estão invadidas por lojas, o objectivo é levar as pessoas a acreditarem que não estão na moda para adquirirem um produto. Assim delineia-se uma estratégia de marketing de maneira a convencer as pessoas que devem comprar aquilo para estarem na moda.
A questão da moda faz com que muitas pessoas caiam em extremos. Algumas são autênticos escravos, atentos a tudo o que é novidade, e mesmo sentindo-se mal dentro do que usam, obedecem a todos os ditames da moda. Outros, pelo contrário, permanecem fiéis ao estilo do seu tempo, não se adaptando a padrões mais modernos. Aquilo que nós vestimos depende da opinião daqueles que nos rodeiam. “Muitas vezes o factor psicológico leva as pessoas a tornarem-se vítimas da moda”, refere Inês Rodrigues, acrescentando que “há pessoas que para se sentirem bem têm que comprar, a moda desperta efeitos consumistas e leva as pessoas a entrarem num círculo vicioso”.
A estudante considera que a sociedade hoje em dia é muito consumista “vai de encontro ao meu curso, de seis em seis meses estamos a mudar completamente o vestuário que criamos” pretendendo assim ir de encontro das necessidades dos consumidores.
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