Vestidos para Mostrar

Diz-me o que vestes, dir-te-ei quem és. Ou melhor, com quem andas e a que grupo pertences. Quem nunca reparou no estilo dos outros que atire a primeira pedra. Há os que não descuram de se manter informados das últimas tendências, de estarem constantemente colados às montras luminosas dos shoppings a saber as últimas da moda.

Estar na moda é uma das grandes preocupações dos jovens na actualidade. Não há quem não cuide a forma de vestir, quem não conjugue os acessórios, o calçado, as cores… Estar na moda faz cada vez mais parte das preocupações de qualquer jovem, e em alguns casos têm um peso maior do que o devido. O modo de vestir condiciona a forma como olhamos para os outros, ou como eles nos vêem, e este fenómeno não se limita às passerelles, aos manequins e às luzes da ribalta, está bem perto de nós.
Com um curso de Design Têxtil, e outro de Design de Moda, também a roupa e o estilo marcam o dia a dia da Universidade da Beira Interior.
O estilo é aquilo com que nos identificamos, adequarmos aquilo que está na moda à nossa forma de ser. Para Rui Lopes, aluno do 4º ano de Design Têxtil, o estilo “são muitos conceitos juntos, tem a ver com as formas, cores, texturas, é essencialmente a combinação de muitos conceitos”. A forma que nos vestimos pretende de algum modo expressar um pouco daquilo que somos. Inês Rodrigues é aluna do 3º ano de Design de Moda, e considera que através de vestuário mais irreverente podemos aperceber-nos se uma pessoa é mais dinâmica, extrovertida, enquanto os que se vestem de uma forma mais clássica, com um estilo mais conservador, discreto, para não darem tanto nas vistas, serão pessoas com uma personalidade mais tímida. Também Rui Lopes, entende que “a maneira de vestir tem tudo a ver com a personalidade da pessoa”. Ao olharmos para alguém, o primeiro impacto, o que salta à vista, é a forma de vestir, que nos transmite muito dessa pessoa. Enquanto para uns a forma de vestir pode ser considerada uma maneira de revelar muito da personalidade, para outros poderá ser encarada como uma máscara. Inês Rodrigues dá o exemplo dos uniformes que servem para “tapar personalidades e colocar toda a gente em grau de igualdade”.