Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 380 de 2007-05-15 |
Educação em análise na UBI
Dar a conhecer o papel do psicólogo no âmbito educativo foi a missão dos alunos estagiários de Psicologia na área da educação. Ao longo da sessão os alunos apresentaram trabalhos que realizaram durante o estágio, para divulgarem aquilo que o psicólogo escolar pode fazer no contexto educativo.
> Susana DuarteO Departamento de Psicologia e Educação e os Estagiários do Ramo Escolar da Educação promoveram, na passada terça-feira, dia 8, no anfiteatro Padre Videira Pires, a realização do seminário intitulado “2007 PES”. A iniciativa partiu da vontade de os alunos estagiários na área da Educação fazerem mais pela sua área e mostrarem aos seus colegas, professores, outros profissionais e curiosos, a paixão que os move num meio que nem sempre é fácil, e divulgar aquilo que o psicólogo escolar pode fazer no contexto educativo. Os alunos envolvidos na conferência apresentaram os seus trabalhos realizados nas escolas onde se encontram a estagiar, e demonstraram através de exercícios práticos, o que têm feito com as crianças no âmbito do seu conhecimento individual.
Segundo a aluna Florbela Pinto, estagiária do 5º ano de Psicologia, a área da Educação é importantíssima para a formação da personalidade do indivíduo. “Toda a formação passa pela escola, não só porque é um local onde passamos imenso tempo, mas também porque é a base de todo o conhecimento, se não tivermos uma boa base possivelmente o que virá para cima vai ser frágil e tende a ruir”, defendeu.
Para a aluna Mónica Antunes, o facto de hoje em dia se verificar uma elevada taxa de abandono escolar deve-se à falta de motivação que os alunos demonstram e a uma possível crise de projectos de vida. Neste sentido, a estudante afirma que a nível teórico estão criadas um conjunto de medidas para combater este flagelo social, através da formação cívica, criaram-se disciplinas que tentam ir de encontro a esta promoção do que é ser cidadão e do cuidado com o desenvolvimento pessoal. Todavia, Mónica Antunes salientou que apesar dessas medidas estarem no papel, é muito difícil para as escolas implementarem-nas, porque há currículos que é preciso cumprir, a matéria precisa de ser dada, e apesar de haver boas intenções, o tempo, a logística e a burocracia não permitem aplicá-las. Considera assim que ainda há um longo caminho a percorrer neste campo, e acrescenta que “o panorama da educação no nosso país é negro”, uma vez que considera que os professores se sentem desmotivados e estão descontentes com as políticas educativas e todas as alterações que têm surgido no País.
Segundo Florbela Pinto, os professores pedem ajuda psicológica para os seus educandos por uma panóplia de problemáticas, desde conflitos de carácter emocional, familiares, que afectam os comportamentos e atitudes. A aluna refere que muitas vezes os pais não sabem comunicar com os filhos. «Hoje em dia os pais têm profissões cada vez mais exigentes e passam muito tempo fora de casa, acabando por compensar os filhos muitas vezes da pior forma, através de bens materiais».
Nas conclusões, os alunos estagiários revelaram que pôr este projecto de pé num ano de estágio não foi fácil, e agradeceram a todos quantos colaboraram no projecto, entre os quais o seu Departamento, a Desertuna, entidades privadas, convidados e público.
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