O regresso dos heróis do Jamor

Faz, no próximo dia 2 de Junho, 50 anos que o Sporting Clube da Covilhã esteve na final da Taça de Portugal, no Estádio do Jamor. Perdeu por 3-1, contra o Benfica, mas esta presença foi um feito que não está ao alcance de todos. Uma data que coincide com o aniversário do clube e que vai ser festejada com a presença de alguns atletas de então.

O que têm em comum Pires, Nicolau, Cavém, Manteigueiro e Suarez? São todos ex-jogadores de futebol. Fizeram todos eles parte do glorioso onze do Sporting da Covilhã que a 2 de Junho de 1957 entrou no Estádio do Jamor para disputar a final da Taça de Portugal, frente ao Benfica. E todos eles ainda estão vivos. E destes cinco, os primeiros quatro deverão marcar presença no jantar comemorativo do 84 aniversário dos Leões da Serra, que se irá comemorar com um jantar no dia 6 (e não no dia 2, dia de aniversário, por não haver disponível uma unidade hoteleira na cidade que acolhesse o evento). Uma festa em que serão homenageados os atletas vivos que participaram na Taça de Portugal dessa época, não só na final, como nas eliminatórias, bem como os familiares dos que já faleceram.
O dia 2 de Junho de 1957 é uma data marcante para o clube serrano. Foi o dia em que festejou, há 50 anos atrás, o 34º aniversário, e em que, pela única vez, marcou presença numa final do Jamor. “Não são todos os clubes que o conseguem” frisa João Manuel Serra, da direcção do Sporting da Covilhã. Naquela mítica equipa que defrontou o grande Benfica ainda pontificavam nomes como o do guardião Rita, Lourenço, Hélder, Martin, e Carlos Ferreira (todos já falecidos) e o internacional português Fernando Cabrita (bastante limitado por doença), que um dia pôs o Unhais da Serra na Terceira Divisão e que nesse época atribulada, em que o Covilhã desceu da Primeira Divisão, assumiu o comando da equipa a meio da época, em parceria com Tavares da Silva. Mas houve mais gente a ajudar a este chegada à final. Jogadores como Amílcar Gonçalves, Vinagre, Moreira e Lanzinha também foram chamados à equipa nas eliminatórias que antecederam a final e pelas quais o Covilhã eliminou, por exemplo, Porto e Setúbal. Só que na altura, o onze que começava o jogo, acabava-o, pois não havia direito a substituições, a não ser caso o guarda-redes se lesionasse. Todos estes nomes, estes feitos, serão recordados no dia 6.