Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 376 de 2007-04-17 |
Com as inspecções de autoridades de controlo alimentar a intensificar-se, também o sector do azeite tem sofrido algumas alterações. Recentemente, os restaurantes viram-se obrigados a substituir os tradicionais galheteiros por garrafas invioláveis. O que para muitos não passou de uma burocracia significou um importante contributo para o mercado do azeite. “Por um produto ser elaborado de forma tradicional não quer dizer automaticamente que seja de grande qualidade”, defende Paulo Ribeiro. Segundo o confrade, os antigos lagares de prensas já não eram garantia de qualidade, tampouco de higiene, pelo que se justifica este abandono do tradicional.
Francisco Lino acredita que a modernização tem de passar pelas escolas e universidades: “o ensino é a chave, e a investigação é a chave de ouro”. Segundo o chanceler da Confraria do Azeite, foram tomadas algumas políticas erradas, que afastaram os jovens da agricultura. Mas Francisco Lino não se mostra desanimado, e confia num novo impulso que se pode dar a este sector.
A introdução de novas tecnologias nos lagares anima Paulo Ribeiro, que vê na modernização ganhos em higiene e qualidade. O encerramento de muitos lagares na região por falta de condições de laboração abriu uma crise no sector, que é superada “com melhores tecnologias, que proporcionam uma melhor qualidade do azeite”. Ainda assim, no que se refere a este último aspecto, o jovem identifica outras peças fundamentais: “Se não tivermos boas matérias-primas, se os olivicultores não tiverem o cuidado de colher a azeitona nas melhores condições e nas melhores alturas, isso vai prejudicar a qualidade do azeite e do produto final”. Para Paulo Ribeiro, “tem de haver um conjunto de esforços para que a qualidade do azeite se mantenha e melhore”.
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