Voltar à Página da edicao n. 376 de 2007-04-17
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A cidade do Fundão recebeu a primeira Feira Nacional do Azeite

I Feira Nacional do Azeite no Fundão

A cidade do Fundão recebeu produtores, vendedores, associações e outros intervenientes do sector da olivicultura. A iniciativa foi pioneira, mas promete continuidade.

> Ana Albuquerque

Feitas as contas foram quatro dias, 43 instituições e 14 espaços de animação e conferências. Por tudo isto, Francisco Lino, chanceler da Confraria do Azeite, fala num “balanço muito positivo”, no último dia de feira. De 12 a 15 de Abril o Pavilhão Multiusos do Fundão recebeu milhares de visitantes, que acorreram à I Feira Nacional do Azeite. Um dos momentos mais aguardados foi a entronização de Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, pela Confraria do Azeite. Para além da Confraria, também a Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão (ACICF) e a Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI) organizaram o evento, que se repetirá dentro de dois anos.
Mesmo sem todas as contas encerradas, Francisco Lino mostrou-se agradado com o volume de negócios efectuado pelos expositores, de quem recebeu ecos de satisfação. Para além dos negócios, perseguia-se um outro objectivo. Por isso, as conferências desempenharam um papel fundamental, como palco onde os protagonistas puderam cruzar informação. A adesão do público serviu de tónico para a promoção do azeite como produto de marca, com todas as particularidades que cada uma delas encerra. Mesmo assim, e apesar de reconhecer que o azeite é um produto tradicional da cozinha portuguesa, “também temos de olhar para palatos mais exigentes”, foca o chanceler da Confraria. “É preciso apostar em azeites de excelência, para gourmets e públicos mais exigentes”. A tentativa de personalizar o consumo desta gordura vegetal passa pelo projecto da Carta de Azeites, que será oficialmente apresentada em Junho.
No âmbito da olivicultura, estão em execução três projectos: a Academia do Azeite, onde se pretende premiar os alunos pela investigação e estudos desenvolvidos; o aproveitamento das potencialidades turísticas do Fundão, tendo como exemplo a realização de festivais como o Festival da Tibórnia; e a Rota dos Lagares, com o intuito de proteger os azeites. Um dos produtores da região – Arlindo Fernandes (Beira Alta) – conseguiu o segundo lugar na categoria de produção no Concurso First Premium Fundão Olive Oil. Os prémios, anunciados no domingo, consagraram a “Magna Óleo”, de Jerónimo Abreu Lima (Trás-os-Montes), como grande vencedor. Para além disso decorreu também a apresentação da Carta de Azeites.
Devido a esta qualidade que vem assumindo, a Beira Interior constitui já uma Região de Origem Protegida, com algumas marcas certificadas todos os anos. Estas iniciativas e esforços são “referências para a identificação do carácter nacional, para o sector do negócio, mas também como ponto de encontro das pessoas”, destaca Francisco Lino. A União Europeia é uma das principais produtoras de azeite. “Produz 80 por cento, consome 70 por cento e exporta 10 por cento para o Japão, a Austrália e Brasil, entre outros. Nós temos condições para exportar muito mais”, assegura o Grão-Mestre Gabriel Lino.


A cidade do Fundão recebeu a primeira Feira Nacional do Azeite
A cidade do Fundão recebeu a primeira Feira Nacional do Azeite


Data de publicação: 2007-04-17 00:00:00
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