Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 373 de 2007-03-27 |
Os têxteis estão presentes em quase todos os momentos da vida humana, e o facto foi várias vezes repetido por empresários e investigadores. Para Vítor Cavaleiro, presidente da presidente da faculdade de Ciências da Engenharia da UBI, “não é verdade que os têxteis estão associados à crise. Precisamos dos têxteis todos os dias”. José Robalo, presidente da ANIL, vai mais longe, e acusa os media de passarem a “falsa ideia de que os têxteis e as engenharias não têm futuro”. Ainda assim, muitos dos presentes concordam com o dirigente associativo ao identificarem a Índia e a China como concorrentes desleais. Orlando Cunha, da FAPOMED, admite que a empresa deixou de patentear mecanismos para que não sejam “roubados” pelas economias emergentes.
José Bernardino, presidente do UBITEX, Núcleo de Estudantes de Engenharia Têxtil, “falar numa crise nos têxteis é inevitável, mas as palestras a que assistimos deram-nos um pouco de optimismo”. Com sentido de humor, o estudante não esquece o reduzido número de alunos do curso: “somos poucos, o que faz com seja menos gente à procura de emprego”. Depois de algumas conferências, José Bernardino vê a qualidade como única salvação para a indústria em Portugal, pois “a nossa qualidade reflecte-se pelo elevado peso que temos nas exportações, e essa é a melhor forma de vencermos a China”.
“Portugal atravessa hoje também uma crise de emprego. Por isso, o micro crédito é um elemento fundamental, imprescindível para levar certas micro-empresas a transformar os seus sonhos em realidade”. É desta forma que João Carvalho, director do CIEBI, vê uma outra crise, que assola a sociedade civil. O mundo dos negócios deve abrir-se a outros públicos, “pelo que é bom que as pessoas não tenham medo de desenvolver o seu negócio.”
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